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Como são as formas bestiais dos Grão-Senhores de Acotar?

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O universo de ACOTAR é repleto de curiosidades e mistérios, despertando ainda mais o interesse dos fãs da saga. No entanto, uma das principais dúvidas dos leitores está relacionada as formas bestiais dos Grão-Senhores feéricos. O assunto é pauta de teorias e discussões no fandom, gerando curiosidade sobre um dos detalhes mais interessantes da obra de Sarah J. Maas. Por outro lado, até o momento, os leitores tiveram apenas uma prévia de três formas dos sete Grão-Senhores.

Durante o progresso de Corte de Asas e Ruínas, a autora brinca com o imaginário dos leitores com descrições únicas de  criaturas mágicas e formas bestiais. Por isso, é inevitável terminar o livro e não sair pesquisando criaturas míticas. Enquanto não temos detalhes oficiais, não custa nada imaginar como seriam as verdadeiras formas dos governantes das cortes do mundo feérico, por isso confira a nossa lista com algumas das formas que julgamos ser similares a dos personagens.

Beron

O Grão-Senhor da Corte Outonal é um dos personagens mais complicados de ACOTAR. No entanto, sua forma bestial ainda é um mistério, mas abre espaço para imaginar que seja relacionada as chamas. Por outro lado, o Cervo é um dos animais mais comuns nas obras e fantasia, sempre ligado a elementos mágicos e patronos, representando a força e a magia. Sendo assim, acreditamos fielmente que um urso ou um enorme cervo flamejante poderia ser a forma bestial perfeita para Beron.

Em contrapartida, caso Lucien assumisse o título de governante da Outonal, não restam dúvidas de que sua forma bestial seria uma Raposa mágica.

Helion

O irresistível Grão-Senhor da Corte Diurna já nos presenteou com um vislumbre de sua forma bestial em ACOWAR. Segundo a descrição da batalha contra Hybern e seu exército, Helion assume a forma de uma criatura com descrição semelhante ao majestoso Grifo, um ser mágico meio leão, meio águia, com enormes asas douradas. Tudo a ver com o Helion! 

Helion da Corte Diurna. Divulgação: @mfernandez

Tarquin

Tarquin é o Grão-Senhor de uma das cortes mais belas de Prythian. O governante da Corte Estival é imponente e decidido, porém, não tivemos nenhuma descrição de sua forma bestial. Ainda assim, é importante lembrar que o mar esconde diversas espécies, abrindo espaço para teorizar a vontade sobre qual animal seria o mais próximo da forma de Tarquin.

A princípio, não haveria como o personagem assumir sua forma fora d’água, já que os oceanos fazem parte de sua fonte de poder. Por conta disso, os mares são o território perfeito para o Grão-Senhor mostrar toda a sua força. É inevitável não lembrar das criaturas Lovecraftianas ou Dragões Marinhos, mas considerando as possibilidades da obra, Tarquin assumir uma forma bestial híbrida, capaz de causar o terror nos mares e na terra.

Tarquin by Niru
Tarquin da Corte Estival. Reprodução: Niru

Rhysand

Assim como Tamlin, o Grão-Senhor da Corte Noturna teve diversas menções a sua forma bestial, incluindo uma breve descrição notada por Feyre durante a visita a Corte dos Pesadelos em ACOWAR. Alguns fãs afirmam que a forma bestial de Rhysand se aproxima de algo como um Dragão Negro.

No entanto, a parte em que Feyre relata que os braços e pernas se alongam, o rosto se transfigura e ganha presas compridas, assim como as mãos recebem garrafas e todo o corpo assume uma forma assustadora e irreconhecível, desperta o imaginário para algo mais próximo das clássicas Gárgulas da arquitetura gótica.

Rhysand da Corte Noturna. Reprodução: @annashoemaker/@brielyasmin

Tamlin

Entre os sete Grão-Senhores de Prythian, Tamlin foi o primeiro a revelar a sua forma bestial. O governante da Corte Primaveril se mostra bastante a vontade quando assume a forma de uma criatura como uma junção de felino e urso.

Tamlin da Corte Primaveril. Reprodução: @dominiquewesson

Kallias

Desde pequeno, Kallias demonstrou sua lealdade a Viviane. O Grão-Senhor resistiu aos horrores de Amarantha para protegê-la e a todo o seu povo, dedicando-se totalmente a Corte Invernal. Por isso, não há criatura melhor para representar a forma bestial de Kallias do que um enorme Lobo Branco com olhos de um azul intenso, representando a lealdade das matilhas em defesa dos seus semelhantes.

Thesan

Thesan é um dos Grão-Senhores mais únicos. Por conta de seu poder de Cura e descrição que nos faz lembrar do Oriente, o Grão-Senhor da Corte Crepuscular poderia facilmente assumir a forma de uma serpente mágica. A referência está ligada ao fato das serpentes carregarem o veneno e a cura ao mesmo tempo. Por outro lado, uma das formas que também podem se encaixar no conceito da corte é a quimera.

O ser mitológico é conhecido por ser uma junção entre leão e outra espécie, assumindo uma forma monstruosa e imponente. Neste caso, considerando toda a graça do Grão-feérico, é provável que sua forma como quimera fosse uma das mais belas.

Thesan da Corte Crepuscular. Divulgação: @Darkgirldraws

Por fim, Corte de Espinhos e Rosas e todo o seu universo permanece estimulando a criatividade dos leitores. Portanto, essas são apenas algumas das formas próximas das quais imaginamos as formas bestiais dos Grão-Senhores. Não se esqueça de nos contar como vocês imaginam as formas bestiais dos governantes nos comentários.

Conheça o lindíssimo cosplay Music Video de Crescent City

Algumas pessoas no fandom já ouviram falar do Project Starfall, e caso você ainda não conheça pode saber mais sobre ele aqui. Mas os organizadores criaram um novo projeto, dessa vez envolvendo Cidade da Lua Crescente, e fizeram algo bem diferente do Starfall!

Com a colaboração da cantora e compositora Victoria Carbol, que é bem conhecida no meio literário por criar músicas inspiradas em livros, um Cosplay Music Video foi feito com os personagens de CCity.

A música Wild Heart foi criada por Victoria especialmente para esse clipe, onde vemos Bryce, Danika, Juniper e Fury curtindo a vida juntas, antes dos acontecimentos de Casa de Terra e Sangue. E até Ruhn aparece em algumas cenas!

Confira o clipe a seguir: mas cuidado! Se você ainda não leu o livro, cuidado pois ele contém pequenos spoilers.

Se você gostou do Cosplay Music Video, o grupo também compartilhou um vídeo mostrando os bastidores e erros de gravação, com mais detalhes de como o clipe foi gravado e quem são as pessoas que participaram do projeto!

Discussão: Feyre Archeron e a desvalorização materna

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Quebradora da Maldição, Defensora do Arco-íris, Abençoada pelo Caldeirão, primeira Grã-Senhora de Prythian, Mãe. Feyre Archeron é sem sombra de dúvidas a personagem feminina favorita de grande parte do fandom de ACOTAR, mas desde o lançamento de Corte de Chamas Prateadas uma questão ficou no ar: por que a maternidade de Feyre incomoda tanto?

O texto abaixo contem spoilers de todos os livros de ACOTAR.

Arte por @axisnebular

“Feyre ficou chata”, “Ela é muito jovem para ser mãe”, “Nem aprendeu a controlar os próprios poderes direito e agora virou dona de casa”, “Sarah acha que só existe felicidade se um casal tiver filhos”, “Não gosto de livros com gravidez porque bebês mudam a dinâmica do casal”, “Mas bebês feéricos não eram raros? Feysand engravidar tão rápido é força do protagonismo”. Esses são alguns exemplos de opiniões que pessoalmente já me deparei quando o assunto é o nascimento do Nyx em ACOSF.

Algumas pessoas talvez possam imaginar que isso é coisa vinda de hater da Feyre, mas na verdade não. Existe uma parcela dos fãs da nossa Grã-Senhora que genuinamente não gostou do plot de gravidez ter sido inserido tão rápido na vida de Feysand. Entre os desgostosos, existem aqueles que se sentiram roubados de vivenciar esse momento pela perspectiva da Feyre, porque a Sarah, para o bem ou para o mal, acabou usando essa gravidez como recurso narrativo na jornada da Nestha. Já outros julgam que Feyre era jovem demais para escolher ser mãe. Mas afinal, faz sentido para a personagem ter escolhido a maternidade tão cedo?

Arte por @jessdraw.s

Feyre se tornou responsável pela sobrevivência da família quando era pouco mais que uma criança. E lá no primeiro livro vemos que seu maior desejo era poder viver uma vida tranquila onde pudesse pintar quando desejasse. Ela é naturalmente protetora e maternal, e seu relacionamento disfuncional não só com as irmãs, mas especialmente com a falecida mãe, a moldou como alguém que toma pra si cargas de obrigações que não são suas, de maneira automática. Então, seria de se imaginar que depois de encontrar sua família e amor na Corte Noturna,
se tornar uma governante aos 21 anos, Feyre não iria adicionar a maternidade a essa bagagem. Certo? Ao meu ver a resposta é: errado.

Diferente de precisar caçar pra alimentar os familiares, Feyre fez uma ESCOLHA consciente de tentar engravidar. Tanto ela quanto Rhys tem históricos tristes de negligência parental e perdas devastadoras. Se por um lado, Feyre nunca teve uma família amorosa e saudável; Rhys tinha, mas perdeu de modo violento. Sendo assim, no percurso da evolução de ambos, um filho acaba sendo um passo natural dentro da relação.

Feyre não deixou de lados seus poderes nem suas obrigações enquanto Grã-Senhora, ela segue aprendendo a cuidar da Corte Noturna. E embora tenha treinamento em combate, o papel político dela não é ser uma guerreira (assim como não é o do Rhys). A Feyre heroína não ficou esquecida, ela simplesmente não está sendo necessária no momento em que se encontra a história. Eles lutaram por paz e agora estão vivenciando-a.

Arte por @madschofield

Assim como na vida real, a maternidade irá fazer sentido para algumas mulheres e para outras não. Mas assim como na vida real uma mulher será julgada quando deixar de corresponder às expectativas externas. Em literatura fantástica é sempre esperado e cobrado que as personagens femininas sejam: fisicamente fortes, moralmente capazes de violência extrema, que não demostrem fragilidade e por fim que rejeitem, se possível, toda a sua feminilidade. Porque perfomance de feminilidade padrão é vista como fraqueza. E nada mais intrinsecamente feminino do que ser mãe.

Quem lembra de James Cameron, diretor de sucessos como Avatar, Titanic e Exterminador do Futuro, falando sobre Mulher-Maravilha não ser uma boa representação de uma heroína? “Ela é um ícone objetificado, é somente a Hollywood machista fazendo as mesmas velhas coisas de sempre. Não estou dizendo que não gostei do filme mas, para mim, é um passo para trás. Sarah Connor não era um ícone da beleza. Era forte, problemática, uma mãe terrível, e ela conquistou o respeito do público através da pura determinação. Para mim é óbvio. Quero dizer, metade do público é feminino!”, disse Cameron. Ou seja, para serem grandes heroínas, as personagens precisam se parecer com homens (ou aquilo que comumente é associado a masculinidade).

Quando nos tornamos mães nossa identidade cessa de existir, dificilmente somos vistas como seres independentes da maternidade. Molly Weasley, de Harry Potter, mãe em tempo integral de sete filhos, surpreendeu a todos ao dar cabo num duelo da bruxa das trevas mais poderosa já vista, Bellatrix Lestrange. Mesmo que Molly fosse uma bruxa puro sangue vinda de uma família poderosa, ser mãe era tudo que a definia até aquele duelo.

É sintomático de um pensamento extremamente machista que estejamos dizendo que Feyre “agora é só uma dona de casa” porque escolheu ser mãe. Nada na narrativa indica que ela tenha negligenciado nenhuma de suas funções na Corte Noturna, e no momento que for necessário ela irá à luta com unhas e dentes. Uma mulher que escolhe morrer tentando salvar o filho não pode ser chamada de fraca, força não é apenas derrubar exércitos. Feyre segue sendo a mesma, só que agora também é mãe

Mas é inegavelmente irônico que uma personagem tão admirada pelos obstáculos que superou agora seja julgada por escolher viver uma vida tranquila sem que precise salvar o mundo e a todos a sua volta. Não é isso que ela merece? Paz?

E vocês, o que acharam do nascimento do baby Nyx? Muito cedo ou era exatamente o momento ideal?

 

Arte de capa por @BxRomance

A história do símbolo Ouroboros que inspirou o Espelho Uróboro de ACOTAR

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O Espelho Uróboro é um dos objetos mágicos mais importantes da saga Corte de Espinhos e Rosas e é mencionado pela primeira vez na história em Corte de Asas e Ruínas, livro que conclui a trilogia principal da série. Feyre é a personagem que mais fala sobre o espelho, já que sua jornada em ACOWAR está intimamente ligada à ele. Assim como diversos objetos e criaturas, o Espelho Uróboro é inspirado em conceitos e mitos presentes na cultura atual ao redor do mundo e hoje o ACOTAR Brasil falará mais sobre a origem do símbolo Ouroboros, que inspirou o Espelho Uróboro.

O Espelho Uróboro no universo de ACOTAR

Em Corte de Asas e Ruínas, O Uróboro é mencionado pela primeira vez pelo Entalhador de Ossos, quando Feyre tenta convencê-lo a participar da Guerra ao lado dela e de Rhysand. A criatura no entanto, começa a barganhar com a protagonista e diz:

“Minha irmã tinha uma coleção de espelhos em seu castelo negro. Ela se admirava dia e noite naqueles espelhos, se gabando da juventude e da beleza. Havia um espelho, o Uróboro, como ela o chamava. Era velho mesmo quando éramos jovens. Uma janela para o mundo. Tudo podia ser visto, tudo podia ser contado pela superfície escura do espelho. Keir o possui, uma herança de sua casa. Tragam-no para mim. Esse é o meu preço. O Uróboro, e sou seu para que usem. Se conseguirem encontrar uma forma de me libertar”.

Posteriormente, Keir revela para Feyre que para conseguir o espelho é preciso olhar para ele e que “todos que tentaram fazê-lo ficaram loucos ou foram irreparavelmente destruídos. Até mesmo um ou dois Grão-Senhores, se a lenda é verdadeira”. Amren desencoraja Feyre em relação ao assunto e então a Grã-Senhora pesquisa sobre o objeto por contra própria.

Imagem: @pandyals_art

“O espelho era notório. Todos os filósofos conhecidos haviam refletivo a respeito. Alguns tinham ousado encará-lo… e ficaram loucos. Outros tinham se aproximado e fugido de terror. Eu não consegui encontrar um relato de alguém que o tivesse conquistado. Enfrentado o que espreitava dentro do espelho e saído de posse do objeto”. E então a Quebradora da Maldição conversa com um amigo próximo, o Suriel, que chama o Uróboro de “Espelho de Começos e Fins”, acrescentando ainda que somente Feyre poderia decidir o que era capaz de destruí-la. Com essa resposta, ela segue em frente, na direção do desafio.

O que Feyre enxerga no espelho, que tem a forma de uma serpente engolindo o próprio rabo, é a versão bestial de si mesma, com todos os defeitos e lados ruins, além de sua própria história. Ela é descrita como uma criatura com patas imensas, pelo preto e dourado, escamas escuras nas costas e grandes e brilhantes olhos azul-acinzentados. Após um confronto interessante e aterrorizante com si mesma, com a aceitação de uma de suas versões, Feyre vai até o Entalhador, que se surpreende ao saber que ela conseguiu o feito de conquistar o espelho, e revela o verdadeiro motivo de seu pedido.

“Queria ver se você era digna de ser ajudada. É raro uma pessoa encarar quem realmente é e não fugir, não ser destruída por isso. É o que o Uróboro mostra a todos que o buscam: quem são, cada centímetro desprezível e profano. Alguns olham para o espelho e nem percebem que o horror refletivo são eles, mesmo que o terror os deixe loucos. Alguns entram com arrogância e são arrasados pela pequena criatura medíocre que encontram no lugar. Mas você… Sim, de fato é rara. Eu não poderia arriscar deixar esse lugar por menos”.

Já na batalha, Feyre revela para Rhysand que amou o que viu no espelho e se perdoou, entendendo o que o Suriel havia dito sobre apenas ela decidir o que poderia destruí-la. “Apenas eu poderia permitir que a parte ruim me destruísse. Somente eu poderia assumi-la, abraçá-la”.

A simbologia por trás do Espelho Uróboro: o Ouroboros

Ouroboros é uma palavra de origem grega, que pode ser escrita como Οὐροβόρος nesta língua, e significa “que consome a cauda”. O conceito é sempre representado por criaturas como serpentes ou dragões, formando um círculo com seus corpos e comendo o próprio rabo. Assim como em outros símbolos e no estudo da semiótica, o círculo é comumente enxergado como infinito, já que não vemos seu começo e nem o fim, assim como também pode representar um ciclo.

A primeira aparição mais popular do símbolo é a encontrada no “Livro Enigmático Do Mundo Inferior”, texto funerário da tumba KV62 (Kings Valley #62), que pertenceu ao imperador Tutancâmon, no século XIV A.C. O Ouroboros aparece duas vezes, possivelmente representando a reencarnação de Osíris como Rá. O símbolo também aparece no budismo, na alquimia esotérica e até mesmo na maçonaria.

De acordo com o Dictionnaire des Symboles, famoso livro de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant publicado pela primeira vez em 1969, o Ouroboros “simboliza o ciclo da evolução voltada para si mesmo”, contendo ideias como continuidade, autofecundação e eterno retorno. Há ainda quem interprete que a simbologia do Ouroboros mostra a serpente mordendo a própria cauda para interromper uma evolução linear, marcando uma mudança na própria vida, para surgir em outro nível de existência.

Estas interpretações fazem sentido quando pensamos na aparição egípcia e também no Espelho Uróboro de ACOTAR, já que quando Feyre se olha através dele, um novo ciclo começa em sua vida, um ciclo no qual ela se reconhece, que é importante para sua jornada de autoconhecimento e aceitação. Antes de entregar o espelho ao Entalhador, Feyre ressalta para si mesma: “Esse corpo para o qual eu retornada… também era estranho”. Vale lembrar também que estas análises se encaixam perfeitamente na fala de Suriel sobre o objeto, que diz que ele é o “Espelho de Começos e Fins”.

Ainda assim, morder a própria cauda não parece ser fácil, assim como nunca é encerrar ou começar um ciclo, já que a Grã-Senhora fala sobre como o processo foi doloroso:

“Eu mesma. Vi eu mesma. Era talvez a única coisa que eu não mostraria a Rhys. A ninguém. Como tinha me acovardado, enfurecido e chorado. Como tinha vomitado e gritado e arranhado o espelho. Como o acertara com os punhos. Então, me enrosquei, trêmula devido a cada coisa horrível, cruel e egoísta que via dentro daquele monstro, dentro de mim. Mas continuei, não desviei os olhos. E, quanto meus tremores pararam, estudei a coisa. Todas as coisas desprezíveis. O orgulho e a hipocrisia e a vergonha. O ódio a covardia e a dor. Então comecei a ver outras coisas. Coisas mais importantes, mais vitais. – E o que vi. Acho… que amei aquilo. Perdoei… a mim. Por inteiro”.

Para muitos fãs de ACOTAR, a cena de Feyre se olhando no Uróboro e posteriormente comentando sobre o que viu e o que fez diante dele, é uma das mais emocionantes de todos os livros. É um momento no qual uma protagonista corajosa não só corre um risco por conta das histórias ligadas ao espelho, mas também se reconhece em si mesma, mostrando para inúmeros leitores como é possível entendermos e amarmos cada parte de nós, sejam estas partes boas ou ruins.

 

Imagem de capa: @beautyandthelibrary

Opinião: Tamlin ainda será importante em ACOTAR?

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Afinal, por que Tamlin ainda segue vivo?

O texto abaixo contem spoilers da série ACOTAR.

É inegável que Tamlin é um dos personagens que mais causam emoções controversas entre os fãs de ACOTAR. Se por um lado temos uma (grande) parcela que o despreza pelos abusos cometidos contra Feyre, há quem o defenda e acredite que ele mereça uma redenção. No entanto, desde o final de Corte de Asas e Ruínas, que Tamlin, um personagem outrora com foco e funções claras dentro da trama, ficou perdido no limbo da narrativa. Por que ele ainda segue vivo e sendo trazido de volta para a narrativa quando aparentemente não tem mais nada a acrescentar?

Para alguns, Sarah simplesmente esqueceu ele no churrasco, mas suas constantes aparições e citações sugerem o contrário. Lembram quando Lucien diz para Rhys que eles ainda irão precisar do Tamlin? Entre as diversas teorias, minhas favoritas são que:

1. Tamlin servirá como personagem suporte na jornada de Elain e Lucien (caso eles sejam endgame), salvando o outrora melhor amigo.

2. A magia da Corte Primaveril irá abandoná-lo e veremos um novo grão-senhor ou grã-senhora ser escolhido (coisa que nunca vimos nos livros anteriores).

3. E, por último e talvez menos empolgante, Sarah pode estar planejando um livro sob a perspectiva dele.

Confesso que, embora seja indiferente ao personagem (não gosto, mas não odeio), a probabilidade de vê-lo ganhar um livro não me anima.

E vocês, o que acham que a Sarah está planejando?

 

Créditos da ilustração: Fernanda Fernandez

Teoria: qual é a verdadeira origem dos Feéricos?

O texto a seguir contém spoilers das 3 sagas escritas por Sarah J. Maas, incluindo fatos recentes que aconteceram em Crescent City 2.

É fato e de conhecimento público que uma das maiores incógnitas dos livros de Sarah J. Maas se volta para a verdadeira origem dos Feéricos. Afinal, essas criaturas mitológicas são a ligação mais substancial que apareceram — até o momento — no nosso “Sarahverso”. 

Agora, você pode estar pensando que essa é apenas mais uma das mil teorias que existem sobre esse assunto, mas algumas revelações de Crescent City 2 nos forneceram outra perspectiva e um novo olhar para os Feéricos. Vamos lá?

Em primeiro lugar, durante o desenvolvimento de Bryce ao longo de Casa de Céu e Sopro, uma frase bastante marcante e curiosa foi dita pelos Asteri, reiterando o que muitos fãs já suspeitavam: a origem do poder da nossa protagonista é originado de uma ilha separada do continente no mundo original dos Feéricos.

Se analisarmos o mapa de Prythian, conseguimos facilmente enxergar que ele é o único que possui a característica citada anteriormente. Além disso, ACOTAR é o único livro que chega a citar que os Feéricos foram criados. Em Trono de Vidro e em Crescent City, é dito que os Feéricos são moradores antigos dos respectivos mundos. 

Outro ponto curioso e um possível gancho entre as sagas está no portal aberto pelos Asteri. Em CC2, os Asteri comentam sobre um portal que permitiu o acesso ao mundo dos Feéricos. Na época de Lanthys, por exemplo, foi relatado a existência de deuses poderosos que foram deposto do poder pelos Feéricos. E se esses deuses forem na verdade os Asteri? Outro ponto importante sobre a questão dos portais está na origem de Amren. Pouco se sabe sobre isso, mas se levarmos em conta que ela chegou a Prythian de outro mundo e acabou presa no corpo de uma grã-feérica, fica fácil concluir que um desses portais são os verdadeiros responsáveis pela chegada de Amren.

Voltando um pouco para Crescent City 2, Ruhn havia afirmado que a espada Aster veio do planeta de origem dos Feéricos. E para a surpresa de muitos, a mesma espada é reconhecida por Amren como a espada do Grão Rei. 

Mas as ligações não acabam por aí!

Em cada universo que nos foi apresentado, os poderes dos Feéricos costumam variar. Em ACOTAR, os poderes parecem bem maiores. Parte disso pode se dever a proximidade com o Caldeirão. Também precisamos considerar que Prythian engloba um maior número de Feéricos que conseguem se transformar em criaturas bestiais. Ao contrário de Trono de Vidro, que apesar dos sangue puro serem bastante poderosos, eles não possuem uma fonte de magia para se transformar em feras bestiais, apenas em animais como os que estamos acostumados a ver na natureza. 

Em Crescent City, os Feéricos não conseguem mais se transformar, ao contrário dos primeiros anos da chegada àquele mundo, onde as transformações deram origem aos metamorfos. Será que, no fim das contas, toda essa situação é uma consequência da distância com o Caldeirão? 

E não podemos esquecer que existe a possibilidade dos Feéricos em Trono de Vidro terem usado a mesma fenda que os Asteri utilizaram para chegar em Midgard. Por enquanto, tudo não passa de uma teoria. Mas se tem uma coisa que ninguém pode negar é que teremos grandes surpresas daqui para frente. O que vocês acham??

Teoria por: @ericarothemann
Foto de capa por: @alicemariapower

Ron Moore dá novos detalhes sobre a série de ACOTAR

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Em entrevista para o site Collider, Ron Moore deu novos detalhes sobre a série de ACOTAR, e quem estava esperando anúncios e confirmações em breve, melhor respirar fundo.

Confira o trecho traduzido da entrevista em que Moore fala sobre a adaptação:

Entrevistador: Você está dirigindo Corte de Espinhos e Rosas?

Moore: Não, eu não estou dirigindo. Nós o desenvolvemos e é para o Hulu. Eu provavelmente não estarei executando diretamente, mas estarei supervisionando esse projeto. Sarah Maas, que é a autora, também está ligada ao programa. Não recebemos o sinal verde para começar, mas o Hulu gosta muito. E espero que continuemos avançando.

Entrevistador: É um erro no IMDB.

Moore: Não, eu não vou dirigir a serie.

Ou seja, como já explicamos aqui, a série de ACOTAR ainda está no período de desenvolvimento, não tem nada da produção propriamente dita acontecendo. A adaptação nem foi aprovada ainda, como o próprio Moore disse, então podem ter certeza que quando a Hulu der o sinal verde, vamos todos ficar sabendo e ai sim começam o anúncios de elenco e gravações.

Lembrando que quando Sarah anunciou que ACOTAR seria adaptado, ela disse que ela e Moore iriam co-adaptar a história e estavam escrevendo juntos o roteiro do episódio piloto, então o cargo ou o envolvimento dos dois com a produção nunca foi oficialmente anunciada.

Até lá, fique de olho por aqui e nas redes sociais do ACOTAR Brasil para não perder nenhuma novidade e notícia!

5 músicas que lembram os personagens de ACOTAR

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Corte de Espinhos e Rosas é uma obra repleta de momentos inesquecíveis e eventos únicos que possuem um lugar especial no coração dos fãs. Além da beleza do universo criado por Sarah J. Maas, a conexão e expressividade dos personagens é uma das características mais encantadoras dos livros. Enquanto não temos atualizações sobre a adaptação para série que está sendo produzida pela Hulu, trouxemos uma proposta diferente.

Em algum momento, todo leitor já associou pessoas aos seus personagens e cenas favoritas, imaginando como seria o cenário perfeito. Mas quando se trata de música, é impossível não se sentir tocado pela melodia e letras que transmitem toda a sensação daquele momento. E se você está buscando músicas que poderiam ser a trilha sonora perfeita para os capítulos de ACOTAR, já prepara a playlist.

1.º Animals – Maroon 5

A curiosidade de Feyre para saber o que estava acontecendo no Calanmai foi tão grande a ponto de decidir investigar por conta própria. Na celebração, ela acaba surpreendida por Rhysand. De volta a Corte Primaveril, ela é protagonista de uma cena quase animal, quando Tamlin a pressiona contra a parede. Por isso, não há música melhor para expressar o sentimento de ser uma presa em meio a um universo feérico e tão selvagem.

”Baby, serei seu predador essa noite
Te caçarei, te comerei viva
Como animais, animais
Talvez você pense que pode se esconder
Mas eu consigo sentir seu cheiro de longe
Como animais”

2.º Behind the Mask – Ivy & Gold

A chegada de Feyre na Corte Primaveril é uma das passagens mais lembradas de Corte de Espinhos e Rosas. Porém, quando nos damos conta que os únicos detalhes que sobraram do relacionamento entre Tamlin e Feyre são apenas fragmentos de um doloroso passado, não há música melhor para expressar o que a própria personagem sentiu.

”Mãe, diga-me onde a história termina,
Eu tenho que começar de novo?
Quem é o homem por trás da máscara,
Você a usou bem quando me enganou até o último riso
E você estava fingindo todos os dias

3.º Team – Lorde

Lorde é uma das cantoras mais excêntricas da indústria e fez muito sucesso com a música ”Royals”. No entanto, ao ouvir a faixa ”Team” é impossível não lembrar do time mais querido de Velaris, o inseparável Círculo Intimo formado por Rhysand, Cassian, Azriel, Morrigan, Amren e Feyre. A letra da música faz lembrar da reputação da Corte dos Pesadelos por Prythian, criada propositalmente para omitir a existência da Corte dos Sonhos e toda a beleza de Velaris.

”Vivemos em cidades que você nunca verá nas telas
Não são muito bonitas, mas com certeza sabemos como comandar as coisas
Vivendo nas ruínas de um palácio dentro dos meus sonhos
E você sabe que estamos no mesmo time”

4.º Surrender – Eivor

Quando se trata de romance arrebatador, Corte de Névoa e Fúria é a obra que literalmente entregou tudo com o famoso capítulo 55. No entanto, toda a construção do relacionamento entre Rhysand e Feyre é intensa e mágica, arrancando suspiros a cada interação. A faixa ”Surrender” da cantora Eivor é a trilha sonora perfeita para expressar toda a intensidade dessa parceria de milhões, principalmente quando se trata da ligação desenvolvida entre o casal.

”Quando a lua brilhar sob o mar
Brilhe como as galáxias rodopiando em seus olhos
Eu me entrego aos caminhos leves
Aguento e mergulho para a serenidade de te amar”

5.º Dream – Imagine Dragons

A chegada de Feyre na Corte Primaveril foi uma das partes mais memoráveis de Corte de Espinhos e Rosas, principalmente pela ambientação encantadora do territorio de Tamlin. As cores, elementos e beleza presentes no lugar foram o suficiente para inspirar a protagonista a retratar a visão em seus quadros. No entanto, nem tudo o que reluz é ouro e o encanto por tudo foi se perdendo após os trágicos eventos.

A música ”Dream” é uma forma de expressar o sentimento de engano que toma conta da protagonista após Sob a Montanha, que mesmo após tanto lutar, ainda se sente incompleta e desejando alcançar algo a mais.

”E estou abaixo dos outros sonhos de me tornar dourado e superior
Não é o que você pintou na minha cabeça
Havia tanta coisa além de todas as cores que eu vi

Mas eu quero sonhar
Eu quero sonhar
Deixe-me sonhar”

Essa não é a primeira vez que associamos músicas a ACOTAR. Se você nos acompanha no Instagram, provavelmente já conferiu o Velaris Musical, quadro exclusivo que criamos para mesclar os universos de Sarah J. Maas com vídeos.

Não se esqueça de nos contar o que achou das músicas e conferir as novidades aqui no Portal Acotar Brasil.