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[RESENHA] A Serpente e as Asas Feitas de Noite – Carissa Broadbent

Em A Serpente e as Asas Feitas de Noite, da autora Carissa Broadbent, somos transportados para um mundo onde humanos e vampiros coexistem sob regras rígidas e perigos constantes. Oraya, uma jovem humana criada entre vampiros, enfrenta um desafio épico ao se envolver no Kejari, um torneio cuja vitória pode significar sua sobrevivência em um mundo que desafia sua existência. No entanto, sua jornada se torna ainda mais complexa quando ela se vê obrigada a formar uma aliança com Raihn, um vampiro cujo passado obscuro e poder formidável atraem e assustam Oraya de maneira igualmente intensa. Entre intrigas políticas, perigos mortais e uma crescente atração proibida, a trama se desenrola em meio a um cenário de sombras, magia e segredos.

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Oraya, a protagonista, é uma jovem humana adotada pelo rei dos vampiros, Vincent, após a destruição de sua vila. Criada em um mundo onde predadores naturais são a norma, ela é retratada como uma lutadora determinada, pronta para competir no perigoso torneio Kejari para garantir sua sobrevivência. Ela é apresentada como uma personagem complexa, cuja jornada é marcada por uma mistura de coragem, empatia e uma inesperada afeição por seu rival, Raihn.

Raihn, por sua vez, é um vampiro poderoso e adversário de Vincent. Apesar de inicialmente representar uma ameaça para Oraya, ele se revela um aliado improvável durante o torneio Kejari. Sua dinâmica com a protagonista é uma mistura de tensão, camaradagem e, eventualmente, romance. A mudança de inimigos para amantes é explorada de forma convincente, adicionando uma camada adicional de complexidade à trama.

Vincent é um personagem ambíguo, cujas ações oscilam entre a brutalidade e o amor por sua filha adotiva. Sua relação complicada com Oraya é um ponto central da história, contribuindo para o conflito emocional da protagonista.

Além dos personagens principais, destaco aqui a riqueza dos personagens secundários, como Mische, uma amiga próxima de Raihn, e a complexidade do mundo vampírico criado pela autora. A interação entre os personagens e o desenvolvimento de relacionamentos são os pontos fortes da narrativa.

A medida que mergulhamos nas páginas deste livro, somos envolvidos por uma narrativa que vai além do mero entretenimento. A evolução do relacionamento entre Oraya e Raihn nos faz questionar nossas próprias noções de confiança, lealdade e redenção. A maneira como a autora nos conduz pelos altos e baixos emocionais dos personagens nos faz refletir sobre a complexidade do amor e da moralidade. Ao mesmo tempo, somos levados a explorar um mundo rico em detalhes, onde cada sombra esconde um segredo e cada aliança é uma faca de dois gumes. É impossível não se deixar envolver pela trama e não ansiar por mais a cada virada de página.

Convido a todos os amantes de fantasia e romance a embarcar nesta jornada emocionante de A Serpente e as Asas Feitas de Noite. Se você busca uma leitura que vai muito além do convencional, que desafia suas expectativas e te leva a questionar as fronteiras entre o bem e o mal, o amor e o ódio, então este livro é para você. Junte-se a nós nesta aventura cheia de reviravoltas, mistérios e paixões proibidas. E não se esqueça de compartilhar suas opiniões nos comentários, pois mal posso esperar para discutir cada detalhe deste mundo fascinante com vocês.

Teoria: quem é Lidia Cervos?

O texto a seguir contém spoilers de Trono de Vidro e dos recentes acontecimentos de Cidade da Lua Crescente.

Quem leu Casa de Chama e Sombra deve ter, no mínimo, se impressionado e se apaixonado por uma personagem que surpreendeu a todos: Lidia Cervos.

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Se tem uma coisa que eu adoro em livros é uma boa reviravolta de personagem. Sim, é verdade que Lidia cometeu atrocidades, mas foi alguém que passou anos pagando e tentando se redimir por tudo o que fez.

O fato é que, desde o lançamento de Casa de Chama e Sombra, o nome de Lidia tem estado presente em quase todas as rodas de discussão de fãs. E não é para menos, afinal de contas, quem é Lidia Cervos?

Bom, vamos começar pelo que foi apresentado nas páginas de Casa de Chama e Sombra.

Anteriormente, fizemos uma matéria sobre o nome de um dos filhos de Lidia. Ao longo da trama, a Corça revela que o nome Brannon foi escolhido devido as lendas antigas sobre a linhagem de sua família. De acordo com ela, existiu um rei feérico que possuía fogo nas veias. Não é preciso pensar muito para notar que Lidia estava se referindo a Brannon Galathynius, fundador de Terrassen.

Além disso, Lidia também possuí magia de fogo e consegue se transformar em cervo.

Mas essas são as nossas únicas evidências sobre quem é Lidia Cervos? Não.

Ao longo de Casa de Chama e Sombra, um detalhe importante acabou passando despercebido por muitas pessoas: o anel utilizado por Lidia.

Aelin encontra um anel de esmeralda e um de rubi quando está no rio subterrâneo. O de rubi é um presente para Rowan. Por coincidência, ou não, Lidia utiliza um anel de rubi com características bastante parecidas com as do anel de Rowan.

Essa teoria nos leva diretamente a outra teoria: pelo crossover, sabemos que os acontecimentos de Casa de Chama e Sombra e Corte de Espinhos e Rosas são simultâneos. Por outro lado, Aelin viu Rhysand e Feyre enquanto caia entre mundos, o que nos sugere que os acontecimentos de Trono de Vidro e Corte de Espinhos e Rosas também são simultâneos. Se levarmos em conta a descrição de Lidia, ela é mais velha que Aelin. Então como Lidia e Aelin podem existir ao mesmo tempo? Como não existe registro de outra descendente de Brannon viva? Em algum momento a família Galathynius migrou para outro mundo?

E o mais importante: estamos diante de uma viagem no tempo? Ou são mundos diferentes com passagens de tempo bem diferentes entre eles?

Pense nisso, mas lembre-se: essa é apenas uma teoria.

O Arco de Bryce Quinlan chegou ao Fim?

O texto abaixo contém spoilers de todos os livros publicados de Cidade da Lua Crescente.

O arco de Bryce Quinlan tem se mostrado um dos enredos mais intrigantes de Cidade da Lua Crescente. Em pouco tempo, Bryce deixou de ser uma jovem festeira para se tornar alguém afundada na dor de perder sua melhor amiga e, em seguida, viver um processo de cura.

Ao longo de Casa de Chama e Sombra, vimos Bryce viver situações inusitadas e, apesar das mudanças que a personagem passou, sua essência quase permaneceu a mesma. Embora eu acredite que ela tenha cometido pecados graves em algumas cenas. Para mim, a mais chocante aconteceu no momento quando ela diz para Hunt superar suas experiências traumáticas. A meu ver, essa atitude infeliz não coincide com a verdadeira Bryce Quinlan.

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Hunt passou anos sendo torturado, foi solto, encontrou o amor e foi preso novamente para ser torturado. Desta vez, com dois amigos na bagagem. Durante as cenas de tortura, fica bastante claro que a maior dor de Hunt não era ter as asas cortadas, ser chicoteado ou ter os ossos do corpo quebrado, mas sim ver os amigos passarem por isso e não saber se a parceira estava viva ou morta. E, sinceramente, essa situação não é algo que se supera do dia para a noite.

Do outro lado da moeda, Casa de Chama e Sombra marcou o crescimento de Bryce Quinlan como alguém que está no caminho de se tornar uma líder, deixando claro a evolução que a personagem teve ao longo da saga. O que nos leva a seguinte pergunta: o arco de Bryce chegou ao fim?

Se levarmos em conta a estrutura de Corte de Espinhos e Rosas, onde os primeiros livros se concentraram em Feyre e o subsequente foco em outros personagens que apareceram durante a trilogia, podemos não ver Bryce Quinlan com tanta frequência no próximo livro de Cidade da Lua Crescente.

Mas isso não significa que ela está acabada para nós. Assim como Feyre em Corte de Chamas Prateadas, Bryce pode ter um papel importante no desenrolar da trama. Afinal de contas, ainda queremos saber como está a vida de Bryce ao lado de Hunt.

E, claro, com tantos enredos paralelos em Cidade da Lua Crescente, acredito que é o desejo de muitos fãs ver o desenvolvimento de outros personagens. Quem sabe o próximo livro seja mais focado em Ruhn e Lidia, ou até mesmo em Tharion Ketos e Sathia Flynn, já que a Casa das Muitas Águas é a última casa de Midgard.

Qual é a sua aposta?

[RESENHA] Amor e Sombras: As Crônicas de Júpiter – Patrícia Criado

Ah, mas que espetáculo divino é essa maravilha literária que Patrícia Criado nos presenteou com Amor e Sombras: As Crônicas de Júpiter! Meus caros leitores, segurem-se em suas poltronas porque essa é uma montanha-russa emocional que vocês não querem perder por nada neste universo (ou em Interion, para ser mais específico)!

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Este livro lindo e maravilhoso traz ainda mais ilustrações belíssimas. Sério. Eu fiquei completamente apaixonada. O extra é como uma joia preciosa, um tesouro escondido, pois mesmo sendo uma adição complementar à série, traz consigo um impacto celestial que nos deixa ansiando por mais e mais. E falando em impacto celestial, quem aí também é completamente apaixonado pela Kiara? Oh, doce quimera, como eu amo cada fibra do seu ser!

E o Serguei? Ah, esse herói dilacerado que ainda habita nossos corações! Acompanhar suas desventuras e triunfos é como uma montanha-russa emocional que nos leva das lágrimas às risadas em um piscar de olhos.

Claro, temos que admitir que nem tudo é perfeito para todos os leitores. Alguns podem preferir se aprofundar apenas na história da Kiara, enquanto outros anseiam por mais da perspectiva do Zion. Mas ei, isso é o que torna a experiência tão rica e diversificada!

E não poderia deixar de mencionar o quão incrível é finalmente mergulhar nas entrelinhas da trama, descobrindo segredos e nuances que antes estavam ocultos. A explicação dos deuses, a origem dos wyverns e os mistérios que cercam Kiara são como doces para a mente ávida por conhecimento!

Ah, e a espera pelo próximo volume da saga? Uma tortura deliciosamente insuportável! Estamos todos aqui, esperando ansiosamente pelas próximas aventuras, pelas emoções intensas e pelas reviravoltas de tirar o fôlego que só Patrícia Criado pode nos oferecer!

Então, meus queridos, se vocês estão em busca de uma leitura que os faça sorrir, chorar, rir e suspirar, Amor e Sombras é o seu bilhete para uma jornada inesquecível por terras mágicas e corações destemidos. Peguem suas cópias, preparem-se para uma viagem emocionante e deixem-se envolver pelo encanto de Interion!

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[RESENHA] Cidade da Lua Crescente: Casa de Chama e Sombra | Com spoilers

Depois de quase dois anos de espera, enfim Casa de Chama e Sombra chegou para alegria dos fãs. Mas, afinal, o encerramento da história de Bryce viveu para cumprir suas expectativas?

Sendo sincera e dando um resposta curta: não, ao meu ver, Casa de Chama e Sombra deixou a desejar enquanto finalização. O livro é longo, mas mesmo assim parece que faltam páginas para desenvolver todos os enredos e atar todos as amarras criadas nos livros anteriores. Sarah J. Maas gerou uma imensa expectativa em torno do crossover e por razões óbvias de capacidade de execução, o que era esperado não foi entregue.
De repente Bryce se tornou mais esperta que todos na Corte Noturna (o que na verdade é um problema narrativo surgido lá em ACOTAR, uma vez que esses personagens supostamente são os seres mais inteligentes e poderosos daquele mundo, mas mesmo assim a Bryce deu a volta neles). Sarah quer tanto que o leitor esqueça que o Rhysand era um canalha no primeiro livro, que colocou ele cheio de escrúpulos quanto a interrogar uma pessoa que poderia ser uma perigosa ameaça. O que não faz sentido! O Rhys que a gente conhece não ficaria sendo honrando ao ponto de colocar a vida das pessoas que ele ama em risco.

Leia também: Qual é a Ligação Entre Trono de Video e Crescent City?

Mas embora várias coisas na passagem da Bryce por Prythian tenham sido mal aproveitadas, eu AMEI que o destaque foi todo para Nestha e Azriel (em especial Nestha, afinal é minha personagem favorita). Apesar de Sarah ter dito anteriormente que o futuro de ACOTAR não estaria interligado aos eventos de Crescent City, isso deixou de ser possível neste livro. Nestha agora detém não só Ataraxia, mas também Áster (a espada lendária do Grão-Rei Fionn). E uma das coisas que me surpreenderam foi: o dono original da Reveladora da Verdade era Enalius, o grande herói illyriano. Azriel teria alguma ligação com os estrelados como Bryce levantou a possibilidade?

O enredo em Midgard também caminhou a passos trôpegos. Acredito que a única constante entre os fãs é que Lídia brilhou e foi a grande “protagonista” desse terceiro livro. O desenvolvimento da relação dela com Ruhn era uma das minhas maiores ansiedades e até nisso saí um pouco insatisfeita. Em 2/3 do tempo Ruhn estava olhando pra Lidia com ódio, enquanto ela agia como se ele fosse bom demais pra ela. Parecia que a a autora colocou a Lídia tendo que mostrar que merecia ser amada por ele. Ithan e a herdeira Fendyr tiveram um plot tão mal desenvolvido e com potencial desperdiçado que até hoje tenho raiva.

Diferente da maioria, eu não odiei as ações da Bryce durante o livro. Teve gente falando que a Sarah quis transformar ela em Aelin e não deu certo. Sendo que o problema aqui é a Sarah repetir a mesma estratégia de soluções convenientes (o holograma com aula de história foi só o começo) e planos mirabolantes que só existiram no off page. Não era bom na Aelin (não importa quanto as pessoas batam o pé chamando isso de genialidade) e também não ficou bom na Bryce. O ritmo do livro é estranho, com trocas de POVs abruptas que te jogam para perspectiva de personagens que não prendem o interesse no leitor. Até a guerra contra os asteri que, no fim, mal foi uma briguinha (a cena das asas voando reavivadas pela máscara está no meu top momentos vergonha alheia dos últimos anos).

Sinceramente não saberia dizer o que se passou na mente da Sarah ao escrever esse livro. Faltou emoção (que no livro um transbordava), pouquíssimos momentos causam aquele aperto no coração ou trazem lágrimas aos olhos.

Leia também: Teoria: Trono de Vidro e Cidade da Lua Crescente só deram certo por causa da Feyre?

Eu não odiei o livro, juro. Pode parecer que sim, mas eu curti bastante a leitura. Mas é inegável que foi um livro que me ganhou apenas pelo apego aos personagens. Porque sendo pragmática, a verdade é que é um dos piores livros da Sarah, quiçá o pior de toda sua carreira. O que me deixa imensamente triste, já que Cidade da Lua Crescente ainda é minha série favorita dela.

O que vocês acharam? São do time que amam ou que odeiam Casa de Chama e Sombra?

Nota final: ⭐️⭐️⭐️

Teoria: Mor é uma bruxa como as de Trono de Vidro?

O texto abaixo contém spoilers de todos os livros de ACOTAR e Trono de Vidro.

Quanto mais falamos da Mor, mais percebemos que não sabemos muito sobre a personagem. Ela é prima de Rhys, terceira em comando da Corte Noturna e que seu poder é “a verdade”, seja lá o que isso signifique.

Mas existe uma teoria de que ela é descendente das bruxas de Trono de Vidro, e aqui estão alguns pontos que podem provar ser verdade. Além de fazer uma grande conexão entre as duas sagas.

Leia também: Torre do Alvorecer é uma leitura obrigatória?

Então vamos ver alguns indícios de que a Mor pode ser uma bruxa, ou descendente de uma:

  • Ela só usa vermelho e tem poder de cura, assim como as Crochan de ToG;
  • Seu poder total só aconteceu depois da primeira menstruação, assim como acontece nas bruxas;
  • As bruxas nasceram da união de feéricos e valg, e existe a teoria de que a família do Rhys tem alguma conexão com os valg, logo, já que Mor é prima dele, ela também teria essa conexão com os valg;
  • Em Corte de Gelo e Estrelas, quando Mor está relembrando seu passado com Eris na floresta, ela diz as seguintes frases: “Ela desejou poder crescer garras” e “O sangue e o ferro e o solo sob suas unhas”, que remetem às bruxas Dentes de Ferro;
  • Nesse mesmo capítulo, quando está pensando em seu pai, temos a frase “Mor costumava sonhar que o estripava. Às vezes com uma faca; ás vezes com as próprias mãos”
  • E no capítulo onde Mor está em sua cabana na floresta, ela diz que sente seu sangue dizendo para ir com o vento, o que lembra Manon perguntando no livro Rainha das Sombras se ninguém também ouvia o vento chamar seu nome.
  • Rhys já falou que chamaria Mor em batalha caso Azriel e Cassian caíssem, dando a entender que ela é mais poderosa que os dois. Isso significa que ela pode fazer a Renúncia??? Ou algo tão poderoso quanto?

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Além de tudo isso, não podemos esquecer que o nome de Mor é Morrigan, que na mitologia Celta é uma deusa patrona de bruxas, feiticeiras e sacerdotisas, assim como uma deusa de três faces, como a deusa que as bruxas de Trono de Vidro adoram.

Talvez nos próximos livros de ACOTAR a gente veja mais conexões com Trono de Vidro e, se tivermos sorte, mais explicações sobre a Mor e seus poderes! O que vocês acham?

Torre do Alvorecer é uma leitura obrigatória?

O texto a seguir contém spoilers da saga de Trono de Vidro.

Quando se trata de Trono de Vidro, existe uma discussão que nunca morre: ler Torre do Alvorecer é mesmo necessário?

Eu me fiz essa mesma pergunta quando mergulhei de cabeça nesse universo e confesso: nas primeiras páginas, cogitei abandonar o livro e pular para Reino de Cinzas, afinal de contas, eu precisava saber o que aconteceria com Aelin.

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A boa notícia é que aquela vozinha na minha cabeça não deixou que eu pulasse do barco e eu persisti em Torre do Alvorecer. Essa foi uma das melhores decisões que eu tomei.

Apesar de muitos fãs considerarem a obra como uma espécie de spin-off, os acontecimentos do livro estão diretamente ligados a saga. Então, se você é do time que acredita que Torre do Alvorecer é dispensável, preciso te pedir para mudar de ideia.

O livro é focado em Chaol Westfall, o que acaba tornando a leitura um pouco maçante para algumas pessoas. Mas é graças a Chaol que conseguimos compreender que Sarah J. Maas não dá ponto sem nó.

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Quando li A Lâmina da Assassina, sempre questionei o motivo da introdução de personagens que não voltaram a aparecer. Então não posso medir o meu choque ao reencontrar Yrene Towers como uma curandeira e peça chave na derrota dos Valgs.

É em Torre do Alvorecer que descobrimos que o que os Valgs mais temem são as curandeiras e todo o potencial que elas possuem. Ao longo do livro, Yrene descobre que Erawan tem dois irmãos, Orcus e Mantyx, que são tão cruéis quanto o Rei Valg.

Ao pularmos essa obra, perdemos a chance de descobrir o poder que Yrene possuí para matar os Valgs, de saber mais sobre o verdadeiro inimigo, de compreender o tamanho do poder dos Valgs e de entender afundo com que tipo de monstro eles vão lidar na guerra.

Eu vejo Torre do Alvorecer como uma leitura indispensável para o conflito final. Ignorar esse livro significa ter uma experiência incompleta e nunca entender as nuances de Trono de Vidro.

Mas se você ainda não está completamente convencido, deixo minha cartada final: Sarah J. Maas nunca escreve nada à toa.

Qual é a ligação entre Trono de Vidro e Crescent City?

O texto a seguir contém spoilers sobre os RECENTES acontecimentos de Crescent City 3, ACOTAR e Trono de Vidro.

As últimas páginas de Cidade da Lua Crescente: Casa de Céu e Sopro nos tiraram o sono durante longos meses. Agora, toda essa espera foi saciada, nos trazendo grandes choques e, principalmente, grandes revelações.

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Nós já sabíamos há muito tempo que ACOTAR e Crescent City estavam, de alguma maneira, interligadas. No entanto, sempre existiu aquela pulga atrás da orelha de muitos fãs: Trono de Vidro também entra nessa equação?

A resposta é um grande e sonoro SIM. Vamos analisar tudo o que descobrimos com o lançamento de Cidade da Lua Crescente: Casa de Chama e Sombra.

Ao contrário do que muitos esperavam, a ligação de TOG com CC não foi tão aberta quanto a de CC com ACOTAR.

O primeiro vislumbre que tivemos começou quando Silene (filha mais nova da Rainha Theia, ancestral de Bryce Quinlan) iniciou sua narração sobre a história desconhecida de Midgard. Nela, é mencionada a existência de dois tipos de Fae de mundos diferentes, uma inclusive que carregava consigo uma magia diferente e elementar, e tinha os caninos alongados.

Ao longo das páginas, essa magia elementar é mencionada várias vezes, nos fazendo lembrar o mesmo tipo de magia que vimos em Erilea. Um exemplo disso está em Rowan Whitehorn, que pode controlar o vento e se transformar em um falcão, ou Fenrys Moonbeam que se transforma em lobo branco e consegue se teletransportar em curtas distâncias.

Também precisamos mencionar a revelação do Sub-Rei (página 757) durante uma longa conversa com Ithan Holstrom:

— E ela — prosseguiu o Sub-Rei, gesticulando para a representação incomum de Urd que se erguia imponente acima dele — não era uma deusa, mas uma força que governava mundos. Um caldeirão de vida, transbordando com a língua da criação. Urd, eles a chamam aqui… uma versão corrompida do verdadeiro nome dela. Wyrd, nós a chamávamos no antigo mundo.

Não se sabe muito sobre Urd, além de que ela era vista como uma deusa, mas o nome Wyrd nos diz muito.

E não podemos esquecer sobre os filhos de Lidia Cervos chamados Actaeon e Brannon. Ao longo do livro, Lidia revela que escolheu o nome Brannon graças a lendas antigas sobre a linhagem de sua família, que teve um rei feérico de outro mundo que possuía fogo nas veias e criava cervos de fogo para serem seus guardas.

Lidia também possuí magia de fogo e consegue se transformar em cervo. E sabemos que um dos ancestrais de Aelin era o rei Brannon, fundador de Terrassen. Seria a Corça uma Galathynius perdida?

Por enquanto, só nos resta esperar com – muita – ansiedade.