O texto a seguir contém spoilers da saga de Trono de Vidro.
Quando se trata de Trono de Vidro, existe uma discussão que nunca morre: ler Torre do Alvorecer é mesmo necessário?
Eu me fiz essa mesma pergunta quando mergulhei de cabeça nesse universo e confesso: nas primeiras páginas, cogitei abandonar o livro e pular para Reino de Cinzas, afinal de contas, eu precisava saber o que aconteceria com Aelin.
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A boa notícia é que aquela vozinha na minha cabeça não deixou que eu pulasse do barco e eu persisti em Torre do Alvorecer. Essa foi uma das melhores decisões que eu tomei.
Apesar de muitos fãs considerarem a obra como uma espécie de spin-off, os acontecimentos do livro estão diretamente ligados a saga. Então, se você é do time que acredita que Torre do Alvorecer é dispensável, preciso te pedir para mudar de ideia.
O livro é focado em Chaol Westfall, o que acaba tornando a leitura um pouco maçante para algumas pessoas. Mas é graças a Chaol que conseguimos compreender que Sarah J. Maas não dá ponto sem nó.
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Quando li A Lâmina da Assassina, sempre questionei o motivo da introdução de personagens que não voltaram a aparecer. Então não posso medir o meu choque ao reencontrar Yrene Towers como uma curandeira e peça chave na derrota dos Valgs.
É em Torre do Alvorecer que descobrimos que o que os Valgs mais temem são as curandeiras e todo o potencial que elas possuem. Ao longo do livro, Yrene descobre que Erawan tem dois irmãos, Orcus e Mantyx, que são tão cruéis quanto o Rei Valg.
Ao pularmos essa obra, perdemos a chance de descobrir o poder que Yrene possuí para matar os Valgs, de saber mais sobre o verdadeiro inimigo, de compreender o tamanho do poder dos Valgs e de entender afundo com que tipo de monstro eles vão lidar na guerra.
Eu vejo Torre do Alvorecer como uma leitura indispensável para o conflito final. Ignorar esse livro significa ter uma experiência incompleta e nunca entender as nuances de Trono de Vidro.
Mas se você ainda não está completamente convencido, deixo minha cartada final: Sarah J. Maas nunca escreve nada à toa.
Tá bom, me convenceu. Partiu ler torre do alvorecer. “Não vou com a cara do Chaol. ” mas vou dar uma chance.