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Produtos exclusivos de ACOTAR no Site The Bookish Box & Shop

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Com várias redes sociais ativas, o Site lançou em janeiro desse ano a “CAIXA EXCLUSIVA COM ITENS DE ACOTAR” que incluía além de 3 capas protetoras (dust jackets, no original) para a trilogia, uma camiseta e outros produtos lindos e de produção própria. O trabalho é feito em parceria com artistas que desenham e vendem suas artes para a confecção desses itens.

O ACOTAR Brasil uniu algumas imagens para vocês e descobrimos que o site IMPORTA para várias partes do mundo. Para quem tem como realizar esse tipo de compra, confiram os links no final da publicação para mais informações.

 

Conheçam também a artista visitando seu INSTAGRAM

 

Se alguém tiver adquirido essa bela caixa, entre em contato através de nossas redes sociais para compartilhar de um momento “unboxing” com o restante dos fãs brasileiros (não custa sonhar, né?)

 

 

 

 

 

 

 

 

THE BOOKISH BOX & SHOP | LINKTREE | INSTAGRAM

Conheçam a edição de colecionador de Corte de Espinhos e Rosas

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Neste dia 05 de Agosto, as diversas redes sociais da autora Sarah J. Maas anunciaram a capa e data de lançamento para a edição de colecionador de “Corte de Espinhos e Rosas”.

“Estamos muito animados por compartilhar este primeiro olhar sobre a absolutamente impressionante  edição de colecionador de “Corte de Espinhos e Rosas” (A Court of Thorns and Roses Collector’s Edition)! Mal podemos esperar para colocar isso nas nossas prateleiras de Sarah J. Maas no final deste ano!”

Vale lembrar que estarão disponíveis para venda nos seguintes países: Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, India, Austrália e Nova Zelândia.

Para quem tem disponibilidade para compras internacionais, cliquem AQUI para reservar direto no Site da AMAZON US.

Fonte | Tradução e Adaptação: Vania – Equipe ACOTAR BRASIL.

Correlação entre a estória de ACOTAR e os contos de A Bela e a Fera

Como bem sabemos, Corte de espinhos e rosas teve diversas inspirações e re-contos. Criaturas, histórias e alusões a histórias antigas podem ser encontradas por toda parte nos livros. Nesse texto pretendo mostrar mais sobre as histórias de “A Bela e a Fera”, que serviram de inspiração para o primeiro livro, em suas três versões principais, assim como suas influências para a trama. Mais para o final, porém, falarei um pouco sobre a reviravolta ocorrida nos livros seguintes e o que isso pode ter haver com a história de A Bela e a Fera, e essa sessão sendo mais teoria do que correlação com o conto original, de fato.

Irei abordar semelhanças com as três principais versões do conto. A original, uma versão censurada que surgiu anos depois e a versão da Disney. Todas tem semelhanças com A Bela e a Fera.

 

A primeira história de A Bela e a Fera foi escrita por Gabrielle – Suzane Barbot de la Villeneuve em 1740 e era uma obra enorme publicada em conjunto com outras histórias, bem maior do que um dos contos de fadas mais simples que temos noção atualmente. A questão desse conto original era a polêmica envolvendo-o, já que a história era tanto sobre amor quanto sobre sexo e atração. E tinha uma origem definida para a fera (nos livros: nosso Tamlin que muitos odeiam e poucas amam).

 

[blockquote text=”No conto original, A fera era um príncipe que perdeu o pai jovem e que a mãe o deixou sobre cuidados de uma fada madura enquanto ia lutar as guerras do Reino deles. Assim, a Fera cresceu sob cuidados dessa Fada que, conforme ele crescia, passou a desejá-lo e tentar seduzi-lo. Mesmo jovem, a Fera a recusou por conta do quão mais velha e feia ela era. E depois, quando a mãe do príncipe tomou conhecimento, proibiu terminantemente que a fada seguisse o seduzindo. Assim ela, revoltada, lançou uma maldição na Fera que o tornasse completamente repugnante e feral. A maldição só seria quebrada quando uma mulher se dispusesse a se envolver sexualmente com ele por livre e espontânea vontade. Bela, neste conto original, era filha de um Rei com uma fada, mas foi expulsa por ser um relacionamento não aprovado. Assim, ela foi escondida como a filha mais nova de um mercador que já tinha seis filhos e cinco filhas, tendo perdido a sexta filha há pouco. Esta parte da história é bem simples e conhecida. O mercador, de viagem, foi acometido por uma tempestade e passou a noite naquele castelo, mas ao recolher uma rosa para a filha mais nova foi atacado. A Fera, que tinha se tornado rude e furioso com o tempo, disse que o mataria, mas desistiu ao ouvir que a rosa era para a filha mais nova. Ele mandou que o homem levasse a filha para ele em um mês para que morresse em seu lugar ou que voltasse para ter sua sentença original. Toda a família ficou apavorada e Bela se entregou para a fera. A Fera, quando Bela chega, confirma se Bela foi por livre e espontânea vontade. Ela é aceita ao confirmar. A condição para sua estadia e mantimento do acordo é que Bela jante todas as noites com a Fera e assim ocorre. Com o tempo Bela passa a perder o medo da Fera e ele, ao notar isso, a convida para sua cama. A jovem, entretanto, se recusa. Ele se enfurece e a deixa sozinha, mas o pedido se repete pelos próximos dias. Enquanto isso, Bela tinha passado a ter sonhos onde se apaixonava por um príncipe incrível, mas de dia se apegava e respeitava uma fera repugnante. Com o tempo, ela aceita as insistências da Fera e divide o leito com ele, tendo essa noite sendo retratada de maneira até pudica. Suponho que mesmo para a autora colocar uma cena de sexo de forma óbvia seria demais para a época… Quando acorda, quem está do seu lado é o Príncipe. Eles começam a organizar o casamento, mas a mãe dele é contra por ela ser uma filha de comerciante, até que a fada perversa, a contragosto, revela a identidade de Bela, a sua ascendência, e eles se casam.” text_color=”#ffffff” width=”” line_height=”undefined” background_color=”#432365″ border_color=”” show_quote_icon=”yes” quote_icon_color=”#e7e3f1″]

 

 

A história original não era sobre a moral do relacionamento e sim sobre as perdas e rejeições de uma mulher madura, no caso a fada rejeitada pela princesa meio fada.

Deste conto original, suponho, foi retirada a eroticidade da situação, fato muito presente em ACOTAR e o passado da Fera. Com certas modificações, mas é claramente possível ver uma verdadeira analogia com a situação de Amarantha e Tamlin.

Tamlin, que era praticamente uma criança durante a guerra e que tinha Amarantha como amiga e aliada de seu pai. Ela, que o viu crescer, passando a desejá-lo e ao ser recusada, o amaldiçoou. Essa história claramente serviu como um ótimo plano de fundo, mesmo depois do primeiro livro, pois Rhys conta que houve uma história relativamente semelhante com a Rainha da Terra negra, que era noiva da Príncipe Drakon, mas foi trocada quando presenteou-o com Myriam, uma escrava metade feérica que ele ajudou a fugir e se apaixonou por ela.

A Amarantha de Sarah J. Maas foi mais brutal com Feyre do que a fada rejeitada de “A Bela e a Fera” foi, mas ACOTAR é um romance sobre a mocinha humana e não uma tragédia sobre uma mulher madura.

Não me passa batido também o quanto o sexo e a sedução estavam presentes na história original e o quanto isso é explorado em ACOTAR. É mais uma correlação interessante, pois a história chega a ser polemica por ser erótica, exatamente como foi em 1740 o conto de A Bela e a Fera, que, aliás, foi inspirado num caso real de um jovem rico adotado por um monarca indiano que arrumou uma esposa donzela que chegou a desmaiar quando o viu. Esse homem tinha hipertricose, uma doença que cobre o corpo inteiro da pessoa afetada com pêlos.

Voltando aos contos, mitos e adaptações, temos a segunda versão de A Bela e a Fera, onde encontraremos mais semelhanças para a trama de Sarah J. Maas.

Em 1757 a história foi re-escrita, adaptada e “censurada” por Jeanne-Marie Leprince de Beaumont onde muitos personagens foram cortados, outros simplificados e o teor erótico foi abandonado. Foi essa história que serviu como base para o conto da Disney. A desculpa para a adaptação da história com total corte das partes eróticas foi que o público de Madame Leprince de Beaumont eram jovens meninas, enquanto Madame de Villeneuve tinha publicado a história de maneira anônima, o que de fato ocorrera, e não tinha um publico especifico.

Madame de Villeneuve também tinha os próprios escândalos eróticos em sua vida, apesar de muito dela ser misterioso até hoje. Além de ser uma mulher madura em idade, tendo usado a própria solidão como viúva, e alvo de affairs, para inspirar a trágica fada que tentara seduzir o príncipe/fera.

Retornando a segunda versão do conto… Nesta versão a Bela não é uma meia fada adotada e não temos uma versão do passado da Fera particularmente envolvido. Essa história é sobre a mocinha Bela e sobre ver além das aparências, a história como conhecemos hoje. Ela, curiosamente, lembra muito Feyre em seu âmbito familiar.

 

 

[blockquote text=”Aqui, Bela é a filha mais nova de um mercador riquíssimo que possui três filhas. Eles, na terna infância dela, perdem toda a sua fortuna e são forçados a viver no campo em pobreza. Não menciona o que ocorre a mãe das garotas, mas menciona que as duas filhas mais velhas desprezavam a vida que tinham e se sentiam muito injustiçadas com toda a situação. Bela, por outro lado, não se importava. Ela foi feita de empregada das irmãs apenas por sua disposição para ajudar e seu gosto pela vida no campo… Um dia o pai delas encontra uma oportunidade para recuperar sua fortuna e viaja numa longa viagem, prometendo um presente para cada uma das filhas. As mais velhas embevecidas com a oportunidade, logo pedem presentes caros e opulentos. Bela, entretanto, pede a flor mais linda que o pai encontrar. A história neste ponto não tende a divergir. Há uma tempestade, o mercador se refugia no castelo da fera e, pela manhã, tenta roubar uma das opulentas flores do jardim. Aqui, porém, a história diverge um pouco. A Fera pede que o mercador leve uma de suas filhas para ele para que o homem possa sobreviver. As duas irmãs de Bela fogem e ela toma o lugar do pai com a Fera imaginando que seria devorada. Não ocorre e ela é tratada com as regalias de uma princesa. Sempre bem vestida, alimentada e saudável. Fera fazia todas as vontades da jovem e a tratava com extrema amabilidade. Bela o achava repugnante e pouco inteligente, mas passou a se apegar a ele pelo carinho. Ele constantemente a pedia em casamento, coisa que a jovem recusava gentilmente todas as vezes. Com o tempo, ela passou a sentir falta das irmãs e do pai, então pediu a Fera permissão para visita-los por um curto período de tempo. Foi acertado que ela voltaria por meio de uma mágica que dependia de um anel ser posto numa mesa… Ao chegar em casa foi bem recebida pelo pai, mas, ao contar sua história as irmãs se voltaram de inveja para com ela. A trataram absurdamente bem, com o intuito dela se esquecer de voltar para a Fera e, quando o fizesse, fosse devorada. Elas se ressentiam de sua vida simples no campo enquanto Bela vivia com luxos e regalias. Bela, de fato, demorou muito mais do que o combinado para voltar. Uma noite, porém, ela sonhou que a fera estava morrendo. Arrependida, Bela voltou imediatamente. A Fera não se alimentava mais por conta de achar que nunca mais veria Bela e estava morrendo nos jardins. A jovem compreendeu que amava a Fera, vendo-se incapaz de viver sem ele, e se declarou aceitando o pedido de casamento. Ao aceitar o pedido, a Fera se transformou num príncipe por ter uma maldição quebrada e então os dois se casaram vivendo felizes para sempre.” text_color=”#ffffff” width=”” line_height=”undefined” background_color=”#432365″ border_color=”” show_quote_icon=”yes” quote_icon_color=”#e7e3f1″]

 

 

Eu vejo muitas semelhanças nessa versão da história com a família de Bela e seu contexto.

Feyre era filha de um mercador riquíssimo que perdeu tudo condenando ela e as duas irmãs mais velhas a pobreza, exatamente como a Bela desta versão. Nestha e Elain estavam sempre querendo coisas caras, se ressentindo de suas vidas na pobreza e no campo, exatamente como as irmãs de Bela o foram. Na versão do conto, Bela é feita de empregada pelas irmãs. Na história de Maas Feyre é posta, mesmo sendo a mais nova, no papel de provedora. Ela caça, mata e prepara comida para elas.

Ela negocia, consegue dinheiro e arruma provisões necessárias, enquanto as irmãs mostram relutância em ajudar até nas tarefas básicas da casa.

Assim como no conto, Feyre volta à casa do pai e das irmãs. Não por saudade, mas por uma ameaça a Prythian. Sem previsão de retorno. Sem toda a questão do luxo e com Feyre não mais no papel de provedora, ela é mimada e bem tratada, mas Nestha a convence a retornar e lutar por Tamlin. Não um sonho, mas a lembrança de Nestha de quando ela tentou recuperar a irmã é o que motiva Feyre.

Ela retorna e a luta dela difere de qualquer ponto dos contos, apesar de contar com a questão de necessitar se provar por Tamlin, como a Bela do primeiro conto. Só que de uma maneira mais sombria.

Antes de ir para a próxima fase dessa análise, eu gostaria de correlacionar o comportamento de Tamlin com o da Fera quando ele, de fato, perde Feyre. Rhys, em Corte de Gelo e Estrelas, visita Tamlin e o encontra num estado lamentável onde ele desiste de cuidar de si, de sua corte e praticamente até de comer.

Então, vamos para a versão da Disney, a mais conhecida e aclamada. A mais simples e infantilizada, também.

 

[blockquote text=”As semelhanças com o primeiro livro ao conto da Disney são menos numerosos, mas se estendem quando consideramos a obra como um todo. Então, primeiro façamos um resume breve, já que a maioria já conhece a animação da Disney. A Fera era um Príncipe jovem que recusa dar abrigo a uma senhora em seu castelo por achá-la feia, então a senhora, que era uma bruxa, o amaldiçoa a ser uma Fera. A maldição só vai se curar se alguma mulher declarar seu amor sinceramente a ele. Esta maldição tem um período de tempo contabilizado pela queda das pétalas de uma rosa. Bela é uma jovem de uma aldeia francesa que toma o lugar de seu pai, um inventor e estudioso, após ele invadir o castelo da Fera. A principio, ela recusa qualquer convívio com a Fera, mas após tentar fugir e ser salva de lobos pela Fera, fato que a faz ser tomada por gratidão e se aproximar da besta. Nesta versão da história temos muitos coadjuvantes importantes. O caçador primitivo Gaston, que acha que mulheres devem ser esposas recatadas e que devem apenas dar a luz aos filhos do marido. Temos os vários integrantes da casa da Fera, que são todos peças importantes para a aproximação da jovem e a convivência dela no castelo. Nesta história, Bela fica com saudade do pai e a Fera permite que ela veja o mundo exterior pelo espelho ganhado pela Bruxa. Então, Bela vê o pai ferido e desacordado na floresta. A Fera, sentida, permite que ela se vá. Bela parte, mas depois de ter salvo o pai ela cai numa emboscada de Gaston. Ele garante que o único jeito do pai dela não ser internado num hospício é se casando com ele, porém, ela se recusa e mostra a Fera no espelho para provar que o pai não enlouquecera. Gaston, percebendo que ela está apaixonada pela Fera, a prende e reúne aldeões para atacar o castelo e ele poder matar a Fera. Os objetos, antigos súditos do príncipe, vencem a luta contra os aldeões, mas a Fera poupa Gaston, que o apunhá-la pelas costas. Bela chega a ele a tempo de apenas se aproximar e declarar seu amor para o corpo morto da Fera. Ele volta a vida como o Príncipe que fora outrora e todos os membros de sua corte retornam aos corpos originais. ” text_color=”#ffffff” width=”” line_height=”undefined” background_color=”#432365″ border_color=”” show_quote_icon=”yes” quote_icon_color=”#e7e3f1″]

 

 

Correlacionando tudo isso a ACOTAR temos algumas similaridades também. Primeiro, uma maldição com limite de tempo pré estabelecido. No conto, Bela a quebra no momento do cair da ultima pétala. Feyre quase faz o mesmo, mas não consegue se declarar e tem que lutar para recuperar Tamlin depois. Temos também, os membros da corte que auxiliam na aproximação e adaptação de Feyre, Lucien e Alis. Alis, fazendo o papel de Samovar, o bule de chá que é mãe de Zip, a colher de chá. Sarah colocou Alis como tendo sobrinhos ao invés de um filho, mas o papel é bem correspondente.

Lucien acaba representando todos os outros, com seus diversos humores, papéis e posicionamentos diferentes durante a história.

Suponhamos, neste ponto da história, que Rhys represente Gaston nessa versão, mas, apesar de sermos levados a pensar isso, seria uma blasfêmia afirmar o fato. Sim, ele é posto de alguma forma neste papel, mas é desconstruído e transformado em diversas maneiras durante a história. Ele mais auxilia Feyre e Tamlin do que qualquer coisa, então o papel de Gaston se divide entre Rhys e Amarantha.

Temos também o ponto da maldição da Fera que transforma os membros da sua corte em objetos, enquanto em ACOTAR vemos os membros da corte de Tamlin presos a máscaras por conta do feitiço de Amarantha.

Agora, vamos a minha interpretação mais teórica e ampla em relação aos outros livros. Já vimos as interpretações sólidas em relação ao primeiro livro, mas agora vamos além para descobrir quem é a Bela, quem é a Fera e quem são os outros.

Toda a questão do próximo livro é inspirada na história de Hades e Persephone, que será retratada em outra publicação, mas existem pontos que ainda lembram toda a questão de A Bela e a Fera. No próximo ponto da trama, Tamlin se tornou controlador. Está a ponto de se casar com Feyre, mas tenta doutrina-la a ser uma esposa pacífica que irá trazer a luz aos filhos dele e ser uma figura social apenas. Ele assume uma personalidade primitiva e disposto a qualquer coisa pra assumir Feyre como sua: sua mulher e propriedade.

Neste ponto, Tamlin está mais em forma de Gaston do que de Fera. Neste ponto da história, Rhys está ensinando Feyre a ler e disponibilizando sua biblioteca para ela. Uma correlação ao momento em que a Fera, na animação da Disney, dá acesso a Bela para sua biblioteca afim de agradá-la.

No final da história, vemos que Tamlin chega ao nível de fazer um trato com o inimigo para poder recuperar Feyre quando ela o deixa. Ele a obriga a voltar e quase mata boa parte da corte dos sonhos, além de ter transformado as irmãs de Feyre em feéricas. Tragédias uma seguida da outra… Podendo ser também uma correlação a quando Gaston reúne os aldeões para atacar a Fera e luta com os membros da corte dele, neste caso a corte dos sonhos.

Todavia, ainda temos mais uma possibilidade. Feyre sai de uma menina quebrada, carente e necessitada de paz para uma feérica poderosa, porém perturbada, rancorosa e traumatizada. Mais a frente ela tem que re-aprender quem ela é e quem ela quer ser, então, quando Feyre confronta o próprio reflexo no Ouróboro, espelho do inicio e fim, ela vê uma besta repugnante e horrenda em seu lugar.

Ela tem que encarar o monstro dentro de si e abraçá-lo. Entender que ela pode ser uma pessoa boa, mas também ter um monstro dentro de si. Ela pode ser os dois e está tudo bem. Ela aceitou o pior de si, aceitando que ela mesma é a Bela e a Fera.

E é assim que enxergo a nossa protagonista Feyre Archeron.

 

 

 

 

Texto e Teoria por: Roberta – Equipe Acotar Brasil

Pré venda para o jogo Embers of Memory: A Throne of Glass Game

 

Estamos muito animados em mostrar os pôsteres da pré-venda de EMBERS OF MEMORY: A THRONE OF GLASS (Trono de Vidro: Brasas da memória) que chegou ao escritório do @OspreyGames hoje! Basta olhar para essa bela obra de Coralie Jubénot!

 

Se você estiver nos EUA, no Canadá, no Reino Unido, na Irlanda, na Austrália ou na Nova Zelândia, poderá receber este pôster exclusivo com sua pré-encomenda do jogo.

 

Certifique-se de enviar seu recibo para receber o pôster e acesse aqui

 

Para obter sua encomenda (lembrando: infelizmente não tem envio direto para o Brasil) acesse aqui

 

Fonte | Tradução e Adaptação: Vania – Equipe Acotar Brasil

Entrevista Sarah J. Maas para o site Booktopia 30.04.2018

ENTREVISTA DE SARAH J. MAAS PARA O SITE BOOKTOPIA
– LIVRARIA AUSTRALIANA (30/04/2018)

Sarah J. Maas é a autora número 1 dos “mais vendidos” do New York Times das séries épicas Trono de Vidro (Throne of Glass) e Corte de Espinhos e Rosas (A Court of Thorns e Roses – ACOTAR). Seus livros são conhecidos por suas poderosas protagonistas femininas e divertidas aventuras.

 

Na véspera do lançamento de seu último livro na série ACOTAR, Corte de Gelo e Estrelas (A Court of Frost and Starlight), estamos ansiosos para outubro de 2018 com o final da série de Trono de Vidro (Throne of Glass: Kingdom of Ash), com esta entrevista sincera e reveladora com a própria criadora.

 

1. Você começou a escrever Trono de Vidro (Throne of Glass) na adolescência e o último livro está prestes a sair. Como você está se sentindo sobre abandonar esses personagens depois de tantos anos juntos?

Tantas coisas! Muitas coisas! É tudo um pouco esmagador, para ser honesta. Eu estou sentindo tudo, desde orgulho pois eu realizei este sonho louco meu até a total devastação que esta série está apenas chegando ao fim… alegria pura. Quando terminei o primeiro rascunho e finalmente escrevi “The End” (Fim) na página final, apenas tive esse momento onde fiquei boquiaberta pra tela. E então explodi em lágrimas desagradáveis e tive que me enroscar no sofá por um bom tempo. É claro, eu não acho que vou fechar a porta para o mundo de Erilea, e já existem estórias neste mundo que eu adoraria a chance de contar um dia (uma em particular já está arranhando a porta, mas… vamos ver!)

2. Seus livros são preenchidos por algumas personagens femininas muito corajosas e resilientes. Quem são algumas das mulheres em sua vida que foram inspiradoras para você?

Eu tive muita sorte de ter sido criada e estar entorno de algumas mulheres incríveis, que nunca me fizeram sentir que meu futuro era de alguma forma limitado porque eu era uma menina. Elas me incentivaram a sonhar alto, trabalhar duro e manter minha cabeça erguida. Eu devo muito a elas – mas em particular à minha mãe (que me encorajou a ler o que eu amava e nunca me disse que eu era velha demais para acreditar em magia), e minha avó, que é uma sobrevivente do Holocausto (com a sua prória história incrível) e encheu sua vida de aventuras em todo o mundo – e acendeu minha própria paixão por conhecer novos lugares, conhecer novas pessoas e manter meus olhos e coração abertos no mundo ao meu redor.

 3. Quando você soube que queria ser escritora?

Eu acho que foi apenas algo com o qual eu nasci – e definitivamente provinha do meu amor pela leitura (minha mãe diz a qualquer um que a ouça que quando eu era bebê, ela me encontrava folheando meus livros – mesmo que eu não pudesse ler – apenas admirando todas as páginas). Mas eu sabia que queria ser escritora quando tinha cerca de 11 ou 12 anos e lia meus primeiros romances de fantasia (Sabriel de Garth Nix e The Hero and the Crown de Robin McKinley). Eu li esses livros e soube que era o que eu queria fazer – o por que eu tinha sido colocada nesta terra: para escrever histórias sobre todas aquelas idéias selvagens e mundos correndo soltos pela minha cabeça.

 4. Qual é a sua coisa favorita quando você não está escrevendo? 

Sair com minha cachorra, Annie! (E meu marido, é claro). Sinceramente, apenas ler no sofá ou maratonar na TV com ela enrolada ao meu lado é a minha ideia de Paraíso. Eu a salvei quando ela tinha 10 semanas e passei quase todos os dias com ela desde então (agora ela tem 8 anos), então …podemos dizer que somos muito ligadas uma a outra. 

5. Quais eram seus livros favoritos quando você era adolescente? 

Sabriel de Garth Nix, qualquer coisa de Robin McKinley (mas especialmente Hero and the Crown), Harry Potter (eu tinha treze anos quando descobri a série, e somente os três primeiros livros tinham saído, então passei a maior parte da minha adolescência esperando os novos lançamentos e participando das festas de lançamento a meia-noite para tê-los!), e The Chronicles of Prydain de Lloyd Alexander (eu juro, tudo que eu aprendi na vida vem daqueles livros). 

6. última série que você maratonou?

 Estranhamente, passei muito tempo re-assistindo Parks and Recreation e The Office enquanto trabalhava no livro final de Trono de Vidro (Throne of Glass). Eu acho que foi porque este livro era tão intenso (no mínimo) que eu precisava de algo para me fazer rir todas as noites apenas para descontrair e relaxar. 

7. Finja que você tem que escolher um de seus personagens para ser seu colega de quarto: quem você escolhia? 

Provavelmente Lysandra. Ela é bem limpa, tem roupas incríveis que eu poderia pegar emprestado, e totalmente toparia sair comigo pela cidade ou ficar e maratonar Stranger Things por doze horas seguidas. 

8. Qual é o seu tipo favorito de cena para escrever?

Eu realmente não tenho um tipo favorito de cena – mas eu amo escrever os momentos de recompensa. Tipo, os momentos que as coisas tem estado se construindo entorno do livro inteiro (ou série), e que eu tenho esperado meses ou anos para realmente escrever. Às vezes, essas são cenas sensuais, e às vezes são cenas de ação e, às vezes, são apenas cenas de revelação. Eu acho que é por isso que eu me diverti tanto escrevendo o livro final de Trono de Vidro (Throne of Glass) – havia tantos momentos para mim, alguns dos quais eu tenho sonhado desde os meus dezesseis anos de idade, que foi simplesmente …realmente excitante e realmente surreal finalmente colocá-los no papel. 

9. Você disse que Celaena nasceu da música da Cinderela, mas Aelin nasceu da música do Lago do Cisne. Como a música molda sua escrita e por que você descobriu que isso era tão importante para o seu processo de escrita? 

A música inspira praticamente tudo o que escrevo, e não faço ideia do porquê. É assim que meu cérebro funciona: ouço um pedaço da música (geralmente músicas instrumentais de filmes ou música clássica) e vejo uma cena, um personagem ou um livro inteiro. Todos os meus livros surgiram de músicas, e quase todas as cenas dentro deles (e personagens) foram inspiradas por ela também. A única maneira que eu posso explicar é dizer para você assistir ao fime “Fantasia” da Disney – você sabe como eles pegaram pedaços da música e os colocaram em imagens / enredo / cenas (que muitas vezes não são relacionadas ao pedaço original da música). É assim que meu cérebro funciona. Eu ouço a música e essas coisas apenas se desenrolam em minha mente. 

10. Quais livro(s) você está lendo ultimamente que recomendaria aos seus leitores?

Tem sido um ano super ocupado para mim, então eu não tive tanto tempo para ler quanto eu gostaria, mas eu sempre recomendaria qualquer coisa da Patricia A. McKillip, qualquer coisa da Sharon Shinn, The Song of Aquiles de Madeline Miller. Guilde Hunter ou a série Psy-Changeling de Nalini Singh, The Hating Game de Sally Thorne, e a série Captive Prince de C.S. Pacat!

FONTE: https://www.booktopia.com.au/blog/2018/04/30/sarah-j-maas-interview/ Tradução e Adaptação: Tod – Equipe ACOTAR BRASIL

Entrevista Sarah J. Maas para Cosmopolitan sobre ACOWAR

[blockquote text=”“Sarah J. Maas não pode esperar para que você saiba o que acontece em Corte de Asas e Ruína (ACOWAR)”” show_quote_icon=”yes” quote_icon_color=”#d50000″]

 

– Sem spoilers, mas terá sexo.

 

Se você conhece alguém que é fã da autora Sarah J. Maas, é melhor se certificar de que não planejará falar com ele no dia 2 de maio. Nessa fatídica terça-feira, Corte de Asas e Ruína (A Court of Wings and Ruin) chegarão às prateleiras, tornando assim todos os seus fãs incapacitados por pelo menos 24 horas, e provavelmente mais – a quantidade de sentimentos será infinita. ACOWAR é o terceiro livro da trilogia de Corte de Espinhos e Rosas, que conta a história de Feyre, um ser humano que se tornou feérica aprendendo a lidar com novos poderes, novas amizades e um novo relacionamento, ao mesmo tempo tentando salvar o mundo de um rei perverso, determinado a destruir tudo o que é querido por ela. É muito com o que lidar, especialmente agora que ela está – alerta de SPOILER, mas se você está lendo isso, você provavelmente já sabe – na Corte Primaveril espionando seu ex-namorado ruim.

 

    Maas está ansiosa para finalmente poder falar sobre o que acontece em ACOWAR, mas mesmo depois de terça-feira, ela ainda terá alguns segredos para guardar. Atualmente, ela está trabalhando em mais três livros no mesmo universo, mas ela não sabe dizer quando eles saírão ou quem vai narrar. “Alguns dos livros podem ter lugar depois da série, alguns deles podem acontecer antes”, diz ela, “mas eles terão diferentes pontos de vista”. Aqui, Maas fala sobre o modo como ela esboça seus livros, quais heroínas ela amava enquanto crescia e por que as cenas de sexo nesta série são tão importantes.

 

 

 

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P: Esta série é tão cheia de pequenos detalhes que um leitor pode deixar escapar sobre algo que depois acaba sendo super importante. Como você esboça isso enquanto está escrevendo?

 

    R: Eu gosto de saber como eu quero que cada livro termine e como eu quero que a série acabe em geral, e alguns detalhes do meio, como as cenas que me empolgam, seja uma cena de ação ou uma cena realmente sexy, picante. Quando estou preenchendo essas lacunas entre as cenas que planejei com antecedência, geralmente acabo aprendendo muitos detalhes sobre os personagens. Às vezes, apenas adicionando um pequeno detalhe pode acabar abrindo um bolso inteiro no mundo. É um processo longo, mas adicionar esses detalhes é realmente uma das minhas partes favoritas.

Quando se trata das grandes revelações e de todas as coisas que acontecem no terceiro livro, muitas delas planejei com muita antecedência para que eu pudesse plantar as sementes bem cedo no livro um ou dois. Eu cresci com Harry Potter e me sinto como J.K. Rowling, a rainha dos pequenos detalhes que estão na página do livro um e, em seguida, no sexto livro, eles voltam naquilo de uma maneira enorme. Isso definitivamente deixou sua marca em mim enquanto eu estava crescendo como leitora e escritora.

 

Eu só fico pensando sobre o quanto há no primeiro livro sobre Feyre amando pintar e você fica tipo, “OK, isso é legal, tanto faz”, e em seguida Rhys estava colocando as estrelas da noite nos pensamentos dela e você fica tipo “OH MEU DEUS!” Isso me fez lembrar muito de Harry Potter.

Uma das coisas mais difíceis foi quando o primeiro livro saiu, eu já tinha escrito o livro dois, então eu sabia exatamente o que iria acontecer com Feyre e Rhys. Então ter que guardar todos esses pequenos segredos e detalhes para mim mesma durante os eventos, quando os leitores apareceriam e ficavam tipo “Eu amo Tamlin!” E eu respondia tipo “Beeeem”. Eu apenas sorria para eles e pensava, “Sim, claro, eu também, eu acho”.

 

Quando Corte de Névoa e Fúria finalmente saiu, um ano depois, foi um grande alívio finalmente falar (ser capaz) sobre meu amor por Rhys. O terceiro livro tem um monte dessas coisas, então será emocionante ter esses eventos e os leitores talvez consigam me assustar um pouco, porque tem sido só eu, meu editor e alguns parceiros críticos que conheciam todos estes segredos.

 

 

    P: Uma coisa que eu amo em Feyre é que ela não é virgem quando os eventos do primeiro livro começam, o que é um tanto incomum para jovens heroínas, mesmo num romance que é definitivamente mais para adultos. Por que você incluiu esse detalhe?

 

    R: Com o sexo em meus livros, eu tento fazer uma coisa positiva. Está tudo bem para as mulheres serem virgens, não há problema em elas terem tantos parceiros sexuais quanto quiserem. Com Feyre, parecia que fazia parte de sua personagem. Eu queria que ela tivesse uma história sexual que não fosse algo para se envergonhar, que fosse algo em que ela estava encarregada de fazer; eu queria que ela estivesse no comando de seu corpo, suas paixões e desejos. É importante para as mulheres perceberem que é o seu corpo, são as suas escolhas e, se alguém tentar envergonhá-la com essas coisas, então isso é algo deles.

Em outro nível, também me permitiu evitar a cena de sexo inicial perdendo-a-virgindade com Tamlin, que eu realmente não queria escrever. Eu queria ir direto para as coisas divertidas.

 

Isso me faz soar como uma pervertida. Eu queria que ela ficasse relativamente em pé de igualdade com ele. A dinâmica de poder entre ela e Tamlin é tão desigual que às vezes eu queria que ela pelo menos tivesse algum controle no quarto e soubesse o que esperar.

Conseguir escrever essas cenas de sexo foi definitivamente um dos elementos divertidos [de escrever esses livros]. Quando eu escrevi a primeira cena em ACOTAR, eu definitivamente tive que tomar um copo de vinho, porque eu estava tipo: “Oh meu Deus, minha família vai estar lendo este livro e nunca mais poderemos ter o jantar de Ação de Graças novamente ” Felizmente minha família tem sido muito legal sobre isso. Nós simplesmente não discutimos isso, o que está bem para mim.

[blockquote text=”Eu sei que minha mãe leu isso e quando falamos sobre, eu tipo: ‘Não vamos falar sobre as partes de sexo'” show_quote_icon=”yes” quote_icon_color=”#d50000″]

O que é engraçado é que minha família é bem legal com esse tipo de coisa, mas ainda é apenas uma daquelas coisas em que eu fico “Ehhh”. É estranho para mim que minha família leia meus livros em geral, mas acrescentar cenas relativamente quentes é apenas um jogo totalmente diferente. Mas além disso, eu amo que em meus eventos eu tenho mulheres de todas as idades chegando até mim, feliz por ter uma heroína que não é cheia de pudor. Essa culpabilização moral em cima da mulher por conta do sexo (NT: aqui, Sarah usa a expressão Slut-shaming, que na tradução, seria algo como uma ofensa deliberada contra as mulheres mais abertas com o assunto, e que se realizam sexualente sem constrangimento, ou, no sentido literal da expressão: “humilhar alguém por ser vadia”) realmente faz meu sangue ferver e é importante que eu tenha livros positivos para o sexo. Aprendi muito sobre sexo e relacionamentos a partir dos livros que li quando estava crescendo.

 

Eu nunca teria sido a garota da educação sexual que levantava a mão, tipo: “O que essa parte faz?” Eu preferiria me jogar escada abaixo do que fazer uma pergunta em educação sexual. Mas então eu li toneladas de livros de fantasia romântica quando eu estava crescendo, e aprendi muito sobre sexo e bons relacionamentos com esses livros. Espero que talvez seja um ciclo completo, e talvez alguém esteja lendo meus livros agora e esteja fazendo a mesma coisa que [esses outros livros] fizeram por mim.

Nos meus livros de Trono de Vidro (Throne of Glass), tive esse momento de “virgindade”, mas nesse eu queria passar por cima, especialmente no segundo livro. Corte de Névoa e Fúria tem uma maratona sexual de três dias, que foi realmente muito divertida de se escrever.

 

Eu não jogo o sexo só para tê-lo ali, mesmo que eu seja uma grande fã de romance erótico. Eu tentei fazer o sexo amarrado ao enredo e aos personagens, e fazer com que pareça que é um resultado real do que está acontecendo no mundo e na vida desses personagens. [A maratona] foi o ponto culminante não apenas do relacionamento romântico de Rhys e Feyre, mas também de muitos pontos da trama que surgiram, e foi um grande momento de cura para os dois. Foi uma coisa muito emocional para mim escrever. Há definitivamente mais disso no livro três!

 

 

    P: Quando você dá um olhada online para as fanarts (arte de fãs) e blogs da ACOTAR, os fãs obviamente respondem ao quão quente Rhys é, mas eles são igualmente atraídos pelo fato de que ele está tão empenhado em respeitar a Feyre, que ele a trata como uma igual. É algo que você acha que as mulheres jovens estão mais sintonizadas agora?

 

    R: Definitivamente. Eu acho que as coisas estão mudando em termos do que os leitores ou fandoms esperam dos interesses amorosos, especialmente os masculinos. Rhys tem sua própria história que lhe permite ter alguma perspectiva de como Feyre pode estar se sentindo. Não é como se eu planejasse ativamente que eles fossem feministas, mas ao pensar neles, em quem eles eram e esses são os personagens que me interessam.

Eu não tenho interesse em escrever sobre um super-controlador-macho-alfa, a menos que haja uma reviravolta interessante. Às vezes, penso nos livros, filmes ou programas de TV em que eu assistia quando estava crescendo, e era um tipo diferente de interesse amoroso. Estou mais interessada em explorar relacionamentos entre iguais. Caras que tratam as mulheres como seres humanos, acho isso muito atraente.

 

Ele também apresenta alguns [contrastes] interessantes com o personagem de Tamlin, que é aquele tipo super-controlador, tipo macho-alfa. Eu não quero entrar em spoilers, mas acho que ainda existem algumas coisas interessantes para explorar com Tamlin e como esse personagem se encaixa neste mundo. Mesmo no mundo de ACOTAR, o seu comportamento não é realmente aceitável. Eu tive que separar esse tipo de macho alfa, e ver o que os fazem funcionar e de onde isso vem e explorar esse lado realmente escuro e controlador de alguém.

Estou tão feliz que tudo está mudando na cultura pop agora, onde queremos interesses amorosos, masculinos e femininos, que sejam mais parceiros e iguais nas coisas. Eu acho isso muito sexy.

[blockquote text=”Eu também acho que os leitores, especialmente os adultos, às vezes podem ser um pouco indulgentes na fantasia e ficção científica quando os relacionamentos não são iguais, tipo, “Oh, é assim que é neste gênero”. Eu me vi fazendo isso com o livro.” show_quote_icon=”yes” quote_icon_color=”#d50000″]

Foi assim que quis escrever a série. Eu queria que os leitores experimentassem o primeiro livro com Tamlin e seu controle, o comportamento de macho alfa e dissessem: “Oh, é uma espécie de regra”, e se apaixonar por ele do jeito que Feyre fez – não cegamente, mas aceitando que é assim que as coisas são.

Então, no livro dois, quando Rhys aparece e Feyre tem sua própria jornada, eles podem olhar para o primeiro livro e ver todos aqueles momentos em que as coisas que foram ignoradas por Feyre não estavam exatamente corretas.

 

    P: Quem foram algumas de suas heroínas fictícias favoritas enquanto você crescia?

 

     R: Buffy de Buffy the Vampire Slayer (Buffy: a Caça vampiros) foi provavelmente a minha favorita e uma das heroínas que mais tiveram a vida transformada. Eu me sentia muito como a Buffy no ensino médio. Eu ía bem nas aulas, não era a melhor aluna da minha turma, e não era a pior. Buffy não poderia ser colocada em qualquer tipo de estilo, da maneira que a sociedade gosta de nos fazer encaixar nesses estilos.

Ela não era apenas uma garota feminina, ela não era uma moleca. Ela era a caçadora que estava destinada a salvar o mundo e lutar contra essas criaturas horríveis, mas ela também era uma garota que amava roupas e o que a sociedade considerava coisas muito femininas. Eu me sentia assim crescendo, como se houvesse todos esses pedaços de mim. Buffy começou a ir ao ar em um momento crucial meu, para descobrir minha identidade.

Quando eu tive a ideia para a minha série de Trono de Vidro (Throne of Glass), Celaena estava muito na veia de Buffy, onde ela é uma jovem assassina que adora roupas e coisas dançantes e “femininas”, mas ela também adorava detonar com as pessoas e matá-las. Eu não tinha interesse em escrever heroínas que precisavam ser encaixadas nessas definições muito restritas.

Buffy também me mostrou que havia muitos tipos diferentes de força feminina também. Buffy definitivamente tem esse tipo de força, mas também havia essa força reservada que a série também mostrava. Como Willow que era uma desajustada dolorosamente tímida, e ainda assim ela era como a pessoa mais inteligente em toda a cidade, e teve sua própria jornada incrível e se torna uma das pessoas mais poderosas em Sunnydale.

[blockquote text=”Você pode ver essas partes de Buffy em Feyre também – ela gosta de usar calças, ser prática e caçar, mas quando está na Noite da Queda das Estrelas, ela de deixa ser vestida e arrumar o cabelo.” show_quote_icon=”yes” quote_icon_color=”#d50000″]

Você está totalmente certa. Você pode usar calças pela manhã ou à tarde e depois vestir um vestido extravagante, fazer o cabelo e não mudar quem você é. Você pode ter tantas coisas diferentes e nunca ter que se desculpar por isso. Com as personagens femininas da série ACOTAR, existem vários tipos diferentes [de mulheres] e algumas mais estão chegando no terceiro livro.

Buffy me fez perceber que não havia uma personagem feminina que fosse a estrela de tudo. Poderia haver tantas diferentes que tivessem suas próprias jornadas e fossem tão importantes quanto a personagem principal. Eu também adoro escrever sobre a dinâmica entre essas personagens femininas e os laços que elas formam juntas, porque elas são tão cruciais quanto os laços românticos. Minhas amizades com outras mulheres foram tão marcantes para mim quanto meus relacionamentos amorosos.

 

    FONTE: https://www.cosmopolitan.com/entertainment/books/a9578146/sarah-j-maas-interview/

     Tradução e Adaptação: Tod – Equipe ACOTAR Brasil

Indicações de Verão de Sarah J. Maas – Tradução

Com as férias de verão se aproximando, tempo de relaxar e oportunidades para viajar providenciam mais tempo para leitura.
Para ajudar você a criar uma uma lista de leitura para o verão, TODAY recrutou os autores Jenny Han, Sarah J. Maas e Isaac Fitzgerald (da Buzzfeed Books) para compartilhar seus favoritos.

Incluindo tudo, desde romances arrebatadores a aventuras históricas, com uma menção especial para suas leituras de praia favoritas, eles escolhem oferecer uma visão em alguns dos livros mais quentes da temporada.
Leia alguns dos melhores livros de verão recomendados.

 

Romance

 

• Indicação de Jenny Han: “Daisy Jones & the Six: A Novel”, por Taylor Jenkins Reid.

 

Jenny escolheu esse romance dos anos 70 como sua história de amor favorita para o verão. Apresentando “Um quase famoso’ conhece Feetwood Mac”, com fartura do Glamour de Los Angeles. A história de Reid é uma leitura emocionante sobre como levar uma banda ao topo e o que faz com que tudo acabe desmoronando. É apresentado uma história oral, adicionando uma divertida reviravolta ao gênero clássico.

 

 

 

• Indicação de Sarah J Maas: “The Unhoneymooners”, por Christina Lauren.

 

Sarah J. Maas vinha esperando por esse livro há um tempo e mesmo com essa expectativa o divertido romance de Christina Lauren não desapontou.

” É uma clássica situação amor-ao-ódio com uma exuberante plano de fundo Havaiano – E toda a cômica brincadeira e romance digno de tirar o fôlego que você pode esperar de um livro da Christina Lauren!” Ela exclamou. Com uma junção de casal ímpar, fábulas de falsos relacionamentos e tons de comédia, este é uma ótima leitura de praia.

 

 

 

• Indicação de Fitzgerald: “Good Talk” por Mira Jacob

 

” ‘Good Talk’, um maravilhoso e gráfico livro de memórias pela novelista Mira Jacob, nos guia através de uma arrasadora de corações, hilária e completamente instigante série de conversações sobre sua vida – e de seus filhos e maridos – não apenas fala brilhantemente para a vida em nosso atual momento, mas também serve como um deslumbrante testamento para o amor em todas as suas formas” – Fitzgerald disse de maneira incomum, ilustrando a indicação.

 

 

 

Suspense/Terror

 

• Jenny Han indica: “The 7 1/2 deaths of Evenlyn Hardcastle” por Stuart Turton.

 

“‘ The 7 1/2 deaths of Evelyn Hardcastle’ é como uma Agatha Christie ‘Groundhog Day’ ( Traduzido para ‘Dia da marmota’ , é um feriado estadunidense e canadense com superstições sobre as estações.)”, explicou Han.

Com um viciante jeito de contar a história e plots rápidos e precisos, este misterioso assassino permite que o leitor siga a história de oito diferentes perspectivas, e com a porta rotativa dos suspeitos é certo de manter você especulando realmente até a ultima pagina.

 

 

 

• Indicação de Sarah J. Maas: ” Hollywood Ending” por Kellye Garret

 

O segundo livro na série ” Detective by day”, esse livro segue a atriz em formação vivendo em Los Angeles. No primeiro livro, a atriz, de nome Dayna, se torna uma investigadora privativa; Neste segundo volume vemos ela num caso novamente tentando resolver um assassinato.

” É tão fantástico quanto o primeiro livro” Disse Maas, que admitiu recentemente ter se apaixonado pela série. “Eu não posso dizer coisas boas o suficiente sobre essa série!”

 

 

 

• Indicação de Fitzgerald: “Rules for visiting” por Jessica Francis Kane

 

” Quando a jardineira de quarenta anos May recebe de surpresa um ganho de uma viagem pela universidade onde trabalha, ela decide visitar quatro velhos amigos, cada um vindo de um diferente período de sua vida” Explica Fitzgerald. ” A partir deste inicialmente simples e irresistível ponto de partida, Jessica Francis Kane investiga o maior mistério universal de todos”

 

 

 

 

Aventura

 

• Indicação de Jenny Han: “Love from A to Z” por S. K. Ali

 

Essa história de aeroporto baseado em encontros enfrenta tudo desde Islamofobia a doenças degenerativas – enquanto continua como primariamente um romance – como dois viajantes se conhecem em seus caminhos para o Qatar.

Han recomenda particularmente essa rápida leitura para qualquer um encabeçando sua própria grande aventura.

 

 

 

 

 

• Indicação de Sarah J. Maas: ” D-Days Girls” por Sarah Rose.

 

Para Maas, esse emocionante livro não ficcional soa mais como um filme de ação. Narrando a real não-contada história de uma mulher que se voluntariou para ser uma espiã e sabotar a frança durante a segunda guerra mundial, é inspirador e empoderador, de acordo com Maas, e a história contada é uma que as vezes lhe deixa com calafrios em todo o corpo.

 

 

 

 

 

• Indicação de Fitzgerald: ” The Old drift” por Namwali Serpell

 

” O livro de estréia de Namwali Serpell gira ao redor de três familias de Zambia há três gerações.” – Diz Fitzgerald.

” Uma serie de ambas: Uma inteira nação e de, particularmente, três familias dentro dela, ‘The old drift‘ é emocionante e gratificante, gigante em extenção ilimitado com riquezas”.

 

 

 

 

Leitura de Praia

 

• Indicação de Jenny Han: “The deal” por Elle Kennedy

 

Han disse que ela se tornou obcecada com a série ” Off Campus” de Elle Kennedy desde o inicio do ano, e através de muitas releituras, o primeiro livro permaneceu seu favorito.

Com apostas cobradas, com romances de campus angustiantes e espirituosas brincadeiras, é uma ótima leitura para alguém procurando por alguma diversão.
” Este livro sexy e emocionante e divertido – Garrett Graham é um dos meus maiores namorados de livros” Ela disse ” Eu mantive permanentemente uma copia deste livro no meu criado mudo porque eu amei tanto!”

 

 

 

• Indicação de Sarah J. Maas: “A Hundred Summers” por Beatriz Williams

 

Este livro traçou da cobertura da Park Avenue até as arenosas praias de New England.

Ambientado nos anos de 1930, essa história de amor junta amizade, romance e desastres naturais com enquanto os personagens encaram seus próprios sentimentos um pelo outro.

 

 

 

 

 

 

• Indicação de Fitzgerald: “Exhalation” por Ted Chiang

 

“Em algumas formas, ‘Exhalation’ é a suprema leitura de praia” Disse Fitzgerald.

“Se você está de viagem ou não, essas histórias tem o poder e a imaginação para levar você a qualquer outro lugar” .

 

 

 

 

 

Fonte: https://www.today.com/home/best-summer-reads-t154096
Tradução e adaptação por Roberta Maciel.

 

Origem de Amren – TEORIA

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Imagem em Destaque: Amren. Arte por : Morgana0anagrom

Amren se tornou uma personagem queridinha e desde o inicio de Corte de Nevoa e Fúria ela é, possivelmente, a personagem mais misteriosa de toda a série. Amren não é feérica, ela é algo mais antigo, poderoso e vindo de outro lugar. Assim como Stryga (a tecelã(, Bryaxis e o Entalhador de ossos. Toda a questão vem do fato que ela conta sua história, em vários momentos ela conta pedaços diferentes de um passado há milênios de distância, mas mesmo assim o que ela é e de onde vem segue sendo um mistério.

E é disso que se trata essa teoria. De onde Amren vem e o que ela é?


A base da teoria é: Amren vem do nosso mundo, da nossa dimensão, ou de algo próximo o suficiente. Ela é um anjo do senhor, um serafim, de acordo a cultura judaico-cristã. Não, eu não estou enlouquecendo. Não é apenas uma cena que nos conduz a isso. Praticamente todos os detalhes e informações que a Amren dá sobre si mesma, sobre o passado dela e sua verdadeira natureza nos conduz por esse caminho.

Vamos analisar cada uma dessas referências e compará-las a fontes bíblicas, do Torá e de estudos da teologia e angeologia judaico-cristã.
Nem todas as menções ao passado dela serão feitas de maneira linear, mas vamos começar pelo momento onde você pode começar a suspeitar da origem da Amren. Depois de Amren e Feyre voltarem da corte Estival Rhysand pede para Feyre abrir o livro dos sopros, mas logo a dificuldade é encontrada com o idioma. Ninguém o entende, exceto Amren.

[blockquote text=”— É o Leshon Hakodesh. A Língua Sagrada. — Aqueles olhos de mercúrio se voltaram para Rhysand, e percebi que Amren também entendia por que tinha ido.
Rhysand falou:
— Ouvi uma lenda que diz que ele foi escrito em uma língua de seres poderosos que temiam o poder do Caldeirão e fizeram o Livro para combatê-lo. Seres poderosos que estavam aqui… e depois sumiram.“” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#161616″]

O idioma utilizado, o nome utilizado, é a primeira coisa que chama atenção. A Sarah poderia ter utilizado um nome inventado ou tantos outros mais genéricos que foram utilizados por diversas culturas, ou até simplesmente não dar um nome a aquele idioma. Todavia, ela escolheu este, então vamos explicar um pouco do peso dele na cultura judaica.

O Leshon Hakodesh não é nada mais, nada menos, do que o idioma original do povo hebraico. O Hebreu puro, que foi abandonado pelo próprio povo em detrimento do Aramaico, por ser o idioma universal daquela região. O Torá foi escrito nesse idioma e é descrito que foi nele que Deus, e seus anjos, se comunicavam com o povo. Foi neste idioma que os dez mandamentos foram passados e escritos em pedra, e nele que futuramente foi escrito o Torá inteiro.
De acordo com as crenças, o mundo inteiro fala um único idioma. Este. Graças a essa facilidade de comunicação ocorreu uma grande globalização e assim uma grande cidade se tornou uma metrópole. Babel. Eles criaram uma torre gigantesca com a intenção de alcançar os céus e os anjos, então Deus foi e confundiu os idiomas. Novos dialetos surgiram, mas o povo Hebreu seguiu por um bom tempo usando o Leshon Hakodesh e seus escritos antigos seguiram-se nele. Todas as menções de comunicação divina com o plano terreno são descritas nesse idioma.

Ele é o máximo sagrado dos Judeus e do povo Hebreu. É popularmente conhecido como “A língua sagrada”, como a própria Amren diz, ou “A lingua dos anjos”. O idioma original, o atual, tem várias influências de outros dialetos regionais, tem um peso grande pra esse povo. Eles acreditam que a palavra lançada não pode ser retornada pelo impacto espiritual e de poder no universo. As palavras nesse idioma criaram e mantém o mundo. Ele é sagrado.
Seguindo na teoria, Rhysand diz que o livro foi escrito no idioma de seres poderosos que costumavam estar ali, que temiam o caldeirão. Eles criaram o livro, seus feitiços e encantamentos, na intenção de neutralizá-lo. Logo em seguida, ele diz:

[blockquote text=”— Eu também achei que o Livro pudesse conter o feitiço para libertar você… e mandá-la de volta para casa. Se foram eles que escreveram. “” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]

Nós sabemos que, de fato, Amren sabia ler o livro e que ele continha de fato segredos que auxiliaram ela a se libertar e conduzir o caldeirão na batalha final. Todavia, sabemos também que ela não foi embora. Voltaremos a essa informação também, mais a frente.
Amren conta um pouco sobre como foi parar no Mundo de Prythian. E lá tem mais pistas sobre sua origem.

[blockquote text=”Eu era diferente. Curiosa demais. Questionadora demais. Mesmo… como eu era, eu era diferente. No dia em que a falha apareceu no céu… foi a curiosidade que me impulsionou. Meus irmãos e irmãs fugiram. Sob as ordens de nosso governante, tínhamos acabado de devastar duas cidades, massacrando-as completamente até viraram escombros na planície, mas eles fugiram a partir daquela falha no mundo. No entanto, eu queria ver. Eu queria. Não fui feita ou gerada para sentir coisas tão egoístas quanto querer. Tinha visto o que acontecera com aqueles do meu tipo que se desgarravam, que aprendiam a colocar as próprias necessidades em primeiro plano. Que desenvolviam… Sentimentos. Mas passei pela falha no céu. E aqui estou.
Me aprisionei neste corpo. Enterrei minha graciosidade incandescente bem no fundo.”” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]

Sabemos que os anjos não são autorizados e nem foram criados para terem vontade própria. Eles obedecem, adoram e servem a Deus. Amren cita que algo ocorreu com os do tipo dela que tinham aprendido a se colocar em primeiro plano e a ter sentimentos… O que nos leva a revolução de Lúcifer e a queda dos anjos.
Não nos é dito muito, nos textos, sobre como foi dada a queda. O que temos é que Lúcifer quis se assentar num plano maior que ao de Deus e que 1/3 dos anjos caíram com ele por conta disso.

[blockquote text=”Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você, que derrubava as nações! Você, que dizia no seu coração: “Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo”. Mas às profundezas do Sheol você será levado, irá ao fundo do abismo! ”” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]
Isaías 14:12-15
[blockquote text=”… e eis um dragão, grande, vermelho… A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra… E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.”” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]
Apocalipse 12:3-9

Amren não estava dentre esses anjos que caíram, mas isso mostrava que eles não eram obrigatoriamente alienados. Aqueles seres podiam ser diferentes e pensar diferente entre si. Podiam sentir, mesmo que numa escala diferente. Ela viu o que aconteceu com eles e se inclinou para dentro de si mesma, contendo seus impulsos e curiosidades. Não completamente, mas em seu âmago aquela curiosidade ainda existia.

E ela faz um curioso uso de palavras quando fala sobre sair de seu corpo, que ela descreve como sendo superior aos dos feéricos como de um imortal a um mortal.

[blockquote text=”Entreguei minha graciosidade, minha imortalidade perfeita. Eu sabia que depois que o fizesse… Sentiria dor. E arrependimento. Eu quereria e queimaria por querer. Eu… Cairia.”” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]

Ela pode estar se referindo a cair de qualidade de poder, mas é pouco provável considerando o quão poderosa Amren é mesmo na forma feérica. E todo o discurso dela neste dia foi brutalmente sincero… É curioso que na cultura judaica um anjo cair do céu para a humanidade é utilizado o termo “Cair”, ou seja, o mesmo termo que Amren hesitou antes de usar para definir sua mudança para feérica.

Agora, vamos para o episódio da cidade. Amren relata que destruíram duas cidades e destruíram a planície onde ela se assentava. Foi nesse dia que a fenda no céu se abriu, ela relata que seus irmãos fugiram, mas a curiosidade a impeliu a passar pela fenda.

[blockquote text=”Então o Senhor fez chover enxofre e fogo, do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra; E destruiu aquelas cidades e toda aquela planície, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra.“” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]
Gênesis 19:24,25

Na versão Brasileira do terceiro livro, Amren diz apenas ” Duas cidades”, mas na versão original do livro, lançada em inglês, a fala é um pouco diferente.

[blockquote text=”” Upon the orders of our ruler, we had just laid waste to twin cities “ – Amren, Corte de Asas e Ruinas.” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]

No original, o termo ” Duas cidades” é na verdade ” Cidades gêmeas” ou ” Cidades geminadas”. Sodoma e Gomorra são descritas como cidades irmãs durante toda a história. É incerto sobre seus governantes, exceto pelos seus nomes, mas há aqueles que acreditam que eram parentes próximos. Todavia, o parentesco dos Reis não é confirmado.

[blockquote text=”” — Uma mensageira… E soldado-assassina. De um deus vingativo que governava um mundo jovem.” Amren responde a Nestha quando é indagada sobre o que ela é.” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]

É curioso lembrarmos que haviam anjos mensageiros em Sodoma e Gomorra no dia da destruição dessas cidades. Dois anjos tinham ido até a casa de Ló, estado com ele, e então avisado ao homem que Sodoma e Gomorra estavam para ser destruídas. Eles disseram a Ló para ir para uma das cidades vizinhas( Eram cinco cidades naquela área, todas regidas por Sodoma e Gomorra), Zoar.

Quanto a destruição e a incineração das cidades gêmeas, que Amren atribuiu a ela e aos irmãos… O texto bíblico diz que Deus “Fez chover” sobre as cidades. Os anjos mais próximos de Deus eram os anjos de fogo, os Serafins. Eram também anjos muito próximos a Deus.
Amren diz que servia um Deus vingativo, como é referido mesmo dentro da Bíblia, mas não de maneira pejorativa e sim justa de acordo aos preceitos do próprio povo. Ela descreve aquele mundo como um mundo jovem, o que de fato era, se considerarmos que ele tinha poucos milhares de anos, de acordo com o calendário Bíblico. E Amren já estava em Prythian a um período inexato, mas que Feyre se refere como dez ou quinze mil anos.

Pouco tempo depois dessa história de Amren ocorre o aquele ataque dos Príncipes de Hybern a Velaris. Temos, mais uma vez, uma passagem curiosa que faz referência bíblica, dessa vez um pouco mais obvia, mas que iremos aprofundá-la um pouco mais.

[blockquote text=”“Algumas pessoas, me contou Mor na manhã seguinte – depois que todos passamos a noite em claro – pintaram as ombreiras das portas com sangue de carneiro. Um tipo de oferenda a Amren. E pagamento para que ficasse longe. Outras deixaram cálices do sangue a porta.”
— Tem um preferido?
Amren ergueu o queixo ensanguentado, e, então, limpou-o com um guardanapo quando percebeu que tinha feito sujeira.
— Cordeiro sempre foi meu preferido. “” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]
AMREN - arte por SnCinder
 Imagem: Amren por SnCinder

O carneiro e a ovelha são da mesma espécie, apenas macho e fêmea, e o que chamamos de cordeiro é um animal dessa espécie jovem. Ambos, Carneiro e cordeiro, eram usados como Holocausto religioso no antigo testamento. O carneiro com maior frequência.
Sabemos que a Amren se alimenta de sangue. O favorito dela é o cordeiro. No antigo testamento, o holocausto era realizado de maneira simples. Eles derramavam o sangue do animal na pedra cerimonial e consumiam em chamas todo o resto. Não era uma forma de alimentar o divino, mas sim de remissão de pecados.

Também eram usados como holocaustos em feriados importantes, como a páscoa.
Todavia, é curioso que não saibamos absolutamente nada sobre fisiologia ou biologia angelica, então a autora teve liberdade para inventar e criar em Amren o que fosse conveniente.     Considerando que Amren os descreve como muito mais imortais do que os feéricos, não parece uma criatura que a inanição vá mata-lo, mas muito do antigo poder e existência dela continuou no corpo novo. Contido, mas ali, presente. É uma incrível referencia aos holocaustos o fato desses animais terem sido citados.

E temos o próprio ato de pintar as ombreiras com sangue e deixar aquele cálice para Amren.

[blockquote text=”O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem“” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]
 Êxodo 12:5-7
[blockquote text=”E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.“” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]
 Êxodo 12:12,13

Não há muito o que explicar quanto a essa cena e a sua correspondente bíblica. Com essa referência alguns poderiam interpretar que Amren era, a sua maneira, um tipo de Deusa, mas ela mesma disse que servia a um Deus. Ela era um soldado, apenas. Todavia, mesmo nessas informações que ela vinha dando, muito era contido. Censurado. O momento no qual Amren falou mais abertamente foi quando achou que nunca mais veria ninguém na corte dos sonhos e Varian.

[blockquote text=”Eu os observei por tantas eras. Humanos… Em meu mundo também havia humanos. E eu os vi amar, e odiar, e travar guerras inúteis, e encontrar a preciosa paz. Eu os vi construir vidas, construir mundo. Eu… Nunca me foram permitidas tais coisas. Não tinha sido feita daquela forma, não recebera ordens para que o fizesse. Então, observei. E naquele dia em que vim até aqui… foi a primeira coisa egoísta que fiz. Por um longo, longo tempo, achei que fosse punição por desobedecer às ordens de meu Pai, por querer. Achei que este mundo fosse algum inferno no qual ele me trancafiara por desobediência. Mas acho… eu me pergunto se meu Pai sabia. Se viu como eu os observava amar e odiar e construir, e abriu aquela fenda no mundo não como punição… mas como um presente. — Os olhos brilharam. — Pois foi um presente. Esse tempo… com vocês. Com todos vocês. Foi um presente.”” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]

Até então ela só dissera que servia um Deus vingativo, se referira antes como comandante também, mas nesse momento “final” Amren chamou por Pai, curiosamente também usando o maiúsculo para o título. Esse título maiúsculo em Pai é comumente usado na Bíblia, tanto para Deus quanto para Pai ou qualquer pronome que se refira a Ele. Ela já se referira aos outros como irmãos e irmãs, mas agora ela se refere a aquele Deus vingativo como Pai. Amren traz, nesse instante, um tanto de reverencia ao falar dele, assim como a reflexão sobre ele ter lhe dado um presente apesar de sua desobediência. Apesar de ser diferente. Por ela ser diferente.

E devemos lembrar que a Bíblia, e o Torá, não retratam o Deus deste mundo como apenas vingativo, como vimos acima dele no Egito, mas também como um Deus misericordioso. Amren era diferente, mas escolheu ficar e fingir que não era. Então, ele lhe deu uma chance. Um presente.
E temos outra informação também. O mundo da qual Amren vem tem humanos. Sabemos, pelo que Sarah mostra em Trono de Vidro, que existem diversos mundos e vários deles não tem humanos. Então, já é uma aproximação maior na teoria.

[blockquote text=”Ela explodiu daquela casca mortal, a luz nos cegou. Luz e fogo. Ela rugia — em vitória, ódio e dor.E eu podia jurar que vi imensas asas incandescentes abertas; cada pena, uma brasa acesa. Podia jurar que uma coroa de luz de fogo flutuava logo acima dos cabelos em chamas. “” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]

Feyre não dá muitas descrições físicas como o estado do corpo de Amren, mas ela vê asas e uma criatura incandescente com brasas. Não descreve bem as asas ou o que o fogo e a luz contém, mas temos referencias bíblicas para anjos ligados a fogo e brasas na bíblia.

[blockquote text=”Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; ”” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]
 Isaías 6:6
 Imagem: Amren em ACOWAR por Charlie Bowater (para o Livro de Colorir de ACOTAR)

A palavra serafim foi traduzida de várias maneiras: “serpente ardente” ou “áspide ardente voadora” enquanto que outros tradutores optam por “seres exaltados ou nobres”. Eles eram anjos de fogo, os mais próximos de Deus, mas ainda seus filhos. Irmãos e irmãs dos outros anjos. Feitos de maneira diferente da dos humanos. Não para sentir, questionar ou ser mais… Apenas para servir, adorar e obedecer a Deus.
Mas isso não aconteceu sempre, como vemos em vários momentos dessa teoria.

[blockquote text=”Eu soube… do que ela abrira mão para voltar. Grã-Feérica… e apenas isso. Pois os olhos prateados estavam sólidos. Não se moviam. Nada de fumaça, nenhuma névoa queimando ali. Uma vida normal, sem rastro dos poderes à vista. E, quando Amren sorriu para mim… eu me perguntei se teria sido seu último presente. Se tudo… se tudo fora um presente. “” show_quote_icon=”yes” background_color=”#930000″ quote_icon_color=”#000000″]

E, é bom lembrar, as benções concedidas por Deus são sempre retratadas como presentes. Coisas não merecidas que recebemos mesmo assim. Amren não era como os outros, outros que foram punidos, ou seriam ( em outras partes da bíblia é dito que os anjos que caíram com Lucifer seriam destruídos, eventualmente). Ela ficou. Isso pode tê-la feito merecedora, mas ela não parece acreditar nisso. Achava que era um castigo, mas chegou a conclusão que fora um presente.
E assim terminamos essa teoria com uma ultima explicação. Quando essas questões foram discutidas por mim com outras fãs de Corte de espinhos e rosas muitas tiveram muita resistência em concordar comigo, mesmo que eu tivesse encontrado referencias em todos os momentos que fazem alusão a verdadeira natureza de Amren. E mesmo quando concordavam ficou uma pergunta… Porque Sarah J. Maas não revelou este fato nos livros? Se ela tinha uma inspiração solida para Amren, porque ela não a colocou lá?

E, até onde sei, não mencionou, até então, nenhuma vez a real origem da personagem.
É até simples.
A obra toda é um High-fantasy com muitas camadas, mas quase nada de questão religiosa. No mundo de Prythian não há deuses de fato, mesmo a crença no caldeirão e na mãe é distante. E, além de tudo, é um romance erótico. Por muito menos do que vemos nos livros, histórias já foram atacadas por religiões. Além de que, colocar abertamente um anjo do senhor na história implica ter que colocar uma questão de bem ou mal, luz ou trevas, anjos ou demônios… Essa questão não existe em Prythian. Todos são complexos e o grande vilão é a ganância, a crueldade e a superioridade.

A própria obra começou, originalmente, inspirada em “Bela e a Fera”. Não há um vilão nessa história, além do interior dos próprios personagens.
Colocar uma crença, uma religião, ter que abordar isso… Seria problemático. Causaria problemas a Sarah e a história que não tem necessidade, completamente desnecessário. Então, faria sentido se a Sarah jamais revelasse a origem da Amren, nos deixando apenas com essas referencias para fazer a ligação. Sempre apenas um rumor para aqueles que querem a origem, mas sem ter um problema aberto com crenças, povos e religiões. Ou com aqueles que preferem se relacionar a uma obra sem nenhum vinculo com religiões reais.

Um anjo do senhor que era temido como uma história de terror, que se envolve com um homem e bebe sangue poderia ofender alguns. Assim como ter um anjo como a criatura mais poderosa poderia ofender a outros. Colocar ali, mas não dar a confirmação…
Eu achei genial, vocês não? Minha crença nessa teoria é intensa. E vocês? Convenci o suficiente com a minha interpretação desta personagem icônica com qual fomos presenteados? Espero que ao menos tenha dado no que pensar!