Sarah J. Maas deu as caras nas redes sociais, mas foi apenas para anunciar as novas capas que os livros de Trono de Vidro ganharam nas versões gringas!
São duas novas versões que estarão disponíveis: a primeira será vendida nos Estados Unidos e na Austrália, em capa comum e dura, e no Reino Unido apenas em capa dura, e a segunda será vendida em capa comum no Reino Unido, Índia e nos outros países do mundo.
Os oito livros da saga ganharam capas muito diferentes das anteriores, que tinham a protagonista desenhada em diferentes poses e figurinos. Agora as capas são mais conceituais e trazem uma pegada mais épica.
Dividindo a opinião dos fãs sobre gostar ou não das novas capas de Trono de Vidro, essa é uma boa novidade para colecionadores e também pode atrair novos fãs para os livros. O que vocês acharam?
Em Corte de Asas e Ruínas, depois de um longo período em estado catatônico descobrimos que Elain Archeron recebeu poderes como um presente do Caldeirão e que é uma vidente. Enquanto ainda estava confusa no seu período pós transformação, ela relata a seguinte visão:
“— Eu vi mãos jovens se enrugarem com a idade. Vi uma caixa de pedra preta. Vi uma pena de fogo cair na neve e derretê-la”
Corte de Asas e Ruínas, capítulo 27.
Na teoria da Yaz, na sua página do Instagram @yaz.the.bookish, ela levanta a possiblidade que essa visão de Elain seja um foreshadowing dos novos enredos a serem trabalhados nos próximos livros da série ACOTAR.
Na primeira parte da visão, a segunda irmã Archeron diz que viu: mãos jovens se enrugarem com a idade. E a quem isso nos remete? A Briallyn. A ex-rainha humana que se revelou uma inimiga em Corte de Chamas Prateadas, e aliada de Koschei, depois de ter perdido sua juventude ao se jogar no Caldeirão, buscando vingança especialmente contra Nestha. Esse seria o primeiro vislumbre do futuro visto por Elain.
Na segunda parte, nossa amante de flores diz ter visto: uma caixa preta de pedra! E quem tem uma caixa de pedra preta muito vital para si? Koschei. Lembrando que no folclore eslavo, o segredo da imortalidade de Kaschei (ou como na adaptação, Koschei) está dentro de um ovo que esconde sua alma. Teríamos então o plot do próximo livro? Uma busca pela caixa com alma do imortal ?
E por último a parte final da visão é claramente sobre Vassa: “Vi uma pena de fogo cair na neve e derretê-la.” Mas o que isso poderia significar? A Yaz levantou algumas possibilidades!
1. O Pássaro de Fogo (forma amaldiçoada da Rainha Vassa) irá aparecer no inverno;
2. O desenrolar da maldição de Vassa pode ter conexão com a Corte Invernal;
3. Podemos ser levados à Vallahan, um reino feérico conhecido por ser envolto em neve.
Outro detalhe interessante é que na mesma sequência Elain fala uma outra coisa, aparentemente sem sentido:
“Estava com raiva — disse Elain baixinho. — Estava com muita, muita raiva por algo ter sido levado. Então, levou algo como punição.”
Mas que quando relemos com a devida atenção, percebemos que Elain está na verdade revelando sobre Nestha ter levado os poderes do Caldeirão depois de ter sua humanidade roubada.
E o que vocês acham? Sarah plantou dicas do futuro da série ou é tudo uma grande coincidência?
Com grande honra e entusiasmo, trago a vocês nossa primeira resenha do quadro ACOTAR Brasil Indica. Uma parceria com a editora Galera Record, na qual nossa equipe estará lendo os livros que a editora enviar e trazemos nossas impressões sobre ele.
E o primeiro livro de hoje é o Luzes do Norte, da Giulianna Domingues.
Frio, neve, romance e mistério, são os ingredientes que tornam a narrativa de Luzes do Norte impressionante.
“Para uma caçadora, o outono não era só um mau presságio — era o relógio que anunciava o fim de sua temporada, para o bem ou para o mal.”
Acompanhamos a história de Dimitria, Demi para os íntimos, uma caçadora de 21 anos que se vê em uma lucrativa missão de atuar como guarda pessoal da filha de um rico comerciante: Aurora. Uma belíssima moça que arranca suspiros por onde passa, inclusive, de Igor, irmão de Demi, que é profundamente apaixonada pela moça.
“Era a primeira vez que Dimitria a via tão de perto, e em alguns minutos conseguiu entender a fascinação de Igor pela garota.”
Demi e os habitantes de onde residem, verem seu cotidiano pacato ser quebrado quando misteriosos assassinatos de crianças começam a acontecer na região. Cabendo a protagonista, por sua experiência na caça, na missão alucinante em descobrir a identidade do assassino. Nesta jornada, descobrirá segredos enterrados e trancados dos habitantes, e conhecerá melhor a si mesma.
“Mas seu coração era mole demais, ainda que ela negasse.”
Aqui, o leitor terá a oportunidade de conhecer um mundo sem amarras, em um local que o inverno faz sua casa por vários meses, sendo recepcionado pela aurora boreal e o festival das luzes. Encontrará personagens marcantes, carismáticos e apaixonantes, cada um com suas lutas internas. Questionando-se sobre seu destino imposto pela sociedade, sentimentos guardados a sete chaves, quem verdadeiramente são e o que realmente anseiam.
“Era uma oferta tão simples e, ainda assim, tão alheia à experiência de Dimitria que ela não soube o que dizer.”
Somado a uma narrativa fluida, bem construída, abrindo espaço para arrancar muitos risos, suspiros, choros, aflições e surpresas, Luzes do Norte é uma obra muito bem vinda para aquecer os corações dos leitores.
Para quem adquirir o livro físico, vai se surpreender em como a capa dele fica maravilhosa na estante, principalmente, pelo fato de ter partes que brilham no escuro. Algumas vezes eu lia antes de dormir, e quando repousava o livro na mesa de cabeceira e apagava a luz, vê-lo brilhando lembrava-me das luzes da aurora boreal tão cruciais na narrativa. Uma experiência mágica! Além do fato do livro ser escrito por uma autora da nossa terrinha, a maravilhosa paulistana Giulianna Domingues.
Giulianna Domingues, autora do livro.
E para quem amou o livro, a boa notícia que a Galera Record e a Giulianna Domingues divulgaram a continuação da história intitulada Sombras do Sul. Sigam as redes sociais de ambas para terem mais informações.
Já viram nossa unboxing do livro lá no Instagram? Não? Corre lá conferir!
Fãs de toda e qualquer coisa, desde bandas, até filmes, séries, arte e livros, gostam muito de se identificar com o que consumem. Na saga Corte de Espinhos e Rosas, os leitores podem não só ter personagens preferidos, mas também Cortes favoritas – elas são sete, cada uma é governada por um Grão-Senhor e ficam localizadas em Prythian, a terra dos Feéricos. Neste texto, vamos usar a imaginação e pensar em quais locais do Brasil e do mundo poderiam ser a Corte Primaveril, comandada por Tamlin.
Holanda
Keukenhof, também conhecido como o Jardim da Europa, fica na Holanada
Conhecida como o País das Tulipas, a Holanda, na Europa, encanta não só turistas, mas seus próprios moradores, entre os quais muitos trabalham com o cultivo, colheita, manutenção e venda de flores.
Na capital Amsterdã, a primavera é marcada pelas tulipas e há três atrações principais: o Bloemenmarkt, o mercado de flores inaugurado em 1862 e localizado nas margens do canal Singel; o Jardim Botânico, inaugurado em 1638 e que possui uma série não só de flores, mas também de plantas raras; e por fim temos o Museu das Tulipas, que conta a história de como essa espécie de flor chegou na Holanda e se tornou tão famosa.
Já em outros locais da Holanda, como em Lisse por exemplo, está o Parque Keukenhof, o maior jardim de flores do mundo, conhecido como Jardim da Europa. Por lá as flores podem ser vistas somente entre os meses de março e maio, ou seja, durante a primavera no Hemisfério Norte. Há ainda outras regiões, como a Flevoland, a Bollenstreek Route e a cidade de Noordoostpolder, que também têm longos tapetes de campos de tulipas e outras flores.
Holambra – Brasil
Holambra é considerada um pedacinho da Holanda no Brasil | Foto: Ariel Cahen
A pouco mais de 400 km de São Paulo está a cidade considerada a Holanda brasileira: Holambra (união das palavras Holanda, América e Brasil). O local é o maior produtor de flores do país e possui uma grande comunidade holandesa de imigrantes, o que se reflete em vários pontos turísticos e arquitetura da cidade.
Além de locais com estufas de flores, há também diversos campos pela cidade, com diferentes espécies de flores, como angelônias, crisântemos, gérberas, girassol, lavanda, lisiando, margarida, entre diversas outras.
Se você já foi para Holambra, ou vive na cidade, nos conte nos comentários se também consegue imaginar a Corte Primaveril nesta cidade brasileira.
Provence – França
Provence, na França, seria uma ótima Corte Primaveril, não é mesmo?
Localizada no sudeste da França, Provence é uma região com uma série de cidades antigas, que possuem lindos jardins, em especial os que são plantações de lavanda, que se tornaram uma das principais características do território.
A famosa cidade de Marselha é uma das mais populares da região, que pode ser aproveitada pelos amantes de flores na primavera, mas também no verão quando as plantações de girassol e lavanda começam a florescer.
No vilarejo de Gordes é possível visitar o Museu da Lavanda, enquanto em Sault, que fica no alto de uma colina, é possível observar diversos campos de flores. Para quem gosta de cosméticos, em Manosque é possível visitar a fábrica da L’Occitane.
Cunha – Brasil
Entre montanhas, Cunha, no interior de São Paulo, também pode carregar o título de Corte Primaveril brasileira | Foto: O Lavandário
Entre montanhas e na divisa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a cidade paulista Cunha, também chamada de Mar de Morros, é conhecida por suas plantações de lavanda – assim como a Provença. A principal atração do local é O Lavandário, uma propriedade rural que possui mais de 40 mil pés de lavanda e de outras plantas, principalmente ervas aromáticas.
É possível visitar o local de sexta a domingo (e feriados), das 10h às 16h30. A propriedade contém uma loja, na qual são vendidos diversos produtos, como óleos essenciais, chás, sorvetes e cosméticos, além também de um café com vista para os morros próximos e as plantações.
O Contemplário é outra propriedade com campos de lavanda, na qual também é possível realizar passeios, piqueniques e compra de produtos da região.
Joinville – Brasil
Joinville é famosa pela Rota das Flores e pelo Festival das Flores
Uma das cidade mais famosas de Santa Catarina, estado da região sul do Brasil, Joinville é muito conhecida pela Festa das Flores, que acontece há mais de 80 anos e já chegou a receber 100 mil pessoas para contemplar seus jardins.
Além disso, a prefeitura criou em 2021 a Rota das Flores, uma jornada por diversas propriedades da região que produzem diferentes espécies de flores. Fazem parte da rota as propriedades Parque dos Hemerocallis, Garden Schulz, Orquidário Reinheimer, Flora Neitzel e Suculentas Encantadas. Vale ressaltar também que durante os meses de novembro e dezembro as estradas da região ficam completamente floridas por hortênsias, flores populares no sul.
Se você tem sugestões de outros locais do Brasil e do Mundo que poderiam ser a Corte Primaveril, nos conte nos comentários, pois podemos atualizar o texto posteriormente.
O universo de ACOTAR é repleto de curiosidades e mistérios, despertando ainda mais o interesse dos fãs da saga. No entanto, uma das principais dúvidas dos leitores está relacionada as formas bestiais dos Grão-Senhores feéricos. O assunto é pauta de teorias e discussões no fandom, gerando curiosidade sobre um dos detalhes mais interessantes da obra de Sarah J. Maas. Por outro lado, até o momento, os leitores tiveram apenas uma prévia de três formas dos sete Grão-Senhores.
Durante o progresso de Corte de Asas e Ruínas, a autora brinca com o imaginário dos leitores com descrições únicas de criaturas mágicas e formas bestiais. Por isso, é inevitável terminar o livro e não sair pesquisando criaturas míticas. Enquanto não temos detalhes oficiais, não custa nada imaginar como seriam as verdadeiras formas dos governantes das cortes do mundo feérico, por isso confira a nossa lista com algumas das formas que julgamos ser similares a dos personagens.
Beron
O Grão-Senhor da Corte Outonal é um dos personagens mais complicados de ACOTAR. No entanto, sua forma bestial ainda é um mistério, mas abre espaço para imaginar que seja relacionada as chamas. Por outro lado, o Cervo é um dos animais mais comuns nas obras e fantasia, sempre ligado a elementos mágicos e patronos, representando a força e a magia. Sendo assim, acreditamos fielmente que um urso ou um enorme cervo flamejante poderia ser a forma bestial perfeita para Beron.
Em contrapartida, caso Lucien assumisse o título de governante da Outonal, não restam dúvidas de que sua forma bestial seria uma Raposa mágica.
Helion
O irresistível Grão-Senhor da Corte Diurna já nos presenteou com um vislumbre de sua forma bestial em ACOWAR. Segundo a descrição da batalha contra Hybern e seu exército, Helion assume a forma de uma criatura com descrição semelhante ao majestoso Grifo, um ser mágico meio leão, meio águia, com enormes asas douradas. Tudo a ver com o Helion!
Helion da Corte Diurna. Divulgação: @mfernandez
Tarquin
Tarquin é o Grão-Senhor de uma das cortes mais belas de Prythian. O governante da Corte Estival é imponente e decidido, porém, não tivemos nenhuma descrição de sua forma bestial. Ainda assim, é importante lembrar que o mar esconde diversas espécies, abrindo espaço para teorizar a vontade sobre qual animal seria o mais próximo da forma de Tarquin.
A princípio, não haveria como o personagem assumir sua forma fora d’água, já que os oceanos fazem parte de sua fonte de poder. Por conta disso, os mares são o território perfeito para o Grão-Senhor mostrar toda a sua força. É inevitável não lembrar das criaturas Lovecraftianas ou Dragões Marinhos, mas considerando as possibilidades da obra, Tarquin assumir uma forma bestial híbrida, capaz de causar o terror nos mares e na terra.
Tarquin da Corte Estival. Reprodução: Niru
Rhysand
Assim como Tamlin, o Grão-Senhor da Corte Noturna teve diversas menções a sua forma bestial, incluindo uma breve descrição notada por Feyre durante a visita a Corte dos Pesadelos em ACOWAR. Alguns fãs afirmam que a forma bestial de Rhysand se aproxima de algo como um Dragão Negro.
No entanto, a parte em que Feyre relata que os braços e pernas se alongam, o rosto se transfigura e ganha presas compridas, assim como as mãos recebem garrafas e todo o corpo assume uma forma assustadora e irreconhecível, desperta o imaginário para algo mais próximo das clássicas Gárgulas da arquitetura gótica.
Rhysand da Corte Noturna. Reprodução: @annashoemaker/@brielyasmin
Tamlin
Entre os sete Grão-Senhores de Prythian, Tamlin foi o primeiro a revelar a sua forma bestial. O governante da Corte Primaveril se mostra bastante a vontade quando assume a forma de uma criatura como uma junção de felino e urso.
Tamlin da Corte Primaveril. Reprodução: @dominiquewesson
Kallias
Desde pequeno, Kallias demonstrou sua lealdade a Viviane. O Grão-Senhor resistiu aos horrores de Amarantha para protegê-la e a todo o seu povo, dedicando-se totalmente a Corte Invernal. Por isso, não há criatura melhor para representar a forma bestial de Kallias do que um enorme Lobo Branco com olhos de um azul intenso, representando a lealdade das matilhas em defesa dos seus semelhantes.
Thesan
Thesan é um dos Grão-Senhores mais únicos. Por conta de seu poder de Cura e descrição que nos faz lembrar do Oriente, o Grão-Senhor da Corte Crepuscular poderia facilmente assumir a forma de uma serpente mágica. A referência está ligada ao fato das serpentes carregarem o veneno e a cura ao mesmo tempo. Por outro lado, uma das formas que também podem se encaixar no conceito da corte é a quimera.
O ser mitológico é conhecido por ser uma junção entre leão e outra espécie, assumindo uma forma monstruosa e imponente. Neste caso, considerando toda a graça do Grão-feérico, é provável que sua forma como quimera fosse uma das mais belas.
Thesan da Corte Crepuscular. Divulgação: @Darkgirldraws
Por fim, Corte de Espinhos e Rosas e todo o seu universo permanece estimulando a criatividade dos leitores. Portanto, essas são apenas algumas das formas próximas das quais imaginamos as formas bestiais dos Grão-Senhores. Não se esqueça de nos contar como vocês imaginam as formas bestiais dos governantes nos comentários.
Algumas pessoas no fandom já ouviram falar do Project Starfall, e caso você ainda não conheça pode saber mais sobre ele aqui. Mas os organizadores criaram um novo projeto, dessa vez envolvendo Cidade da Lua Crescente, e fizeram algo bem diferente do Starfall!
Com a colaboração da cantora e compositora Victoria Carbol, que é bem conhecida no meio literário por criar músicas inspiradas em livros, um Cosplay Music Video foi feito com os personagens de CCity.
A música Wild Heart foi criada por Victoria especialmente para esse clipe, onde vemos Bryce, Danika, Juniper e Fury curtindo a vida juntas, antes dos acontecimentos de Casa de Terra e Sangue. E até Ruhn aparece em algumas cenas!
Confira o clipe a seguir: mas cuidado! Se você ainda não leu o livro, cuidado pois ele contém pequenos spoilers.
Se você gostou do Cosplay Music Video, o grupo também compartilhou um vídeo mostrando os bastidores e erros de gravação, com mais detalhes de como o clipe foi gravado e quem são as pessoas que participaram do projeto!
Quebradora da Maldição, Defensora do Arco-íris, Abençoada pelo Caldeirão, primeira Grã-Senhora de Prythian, Mãe. Feyre Archeron é sem sombra de dúvidas a personagem feminina favorita de grande parte do fandom de ACOTAR, mas desde o lançamento de Corte de Chamas Prateadas uma questão ficou no ar: por que a maternidade de Feyre incomoda tanto?
O texto abaixo contem spoilers de todos os livros de ACOTAR.
Arte por @axisnebular
“Feyre ficou chata”, “Ela é muito jovem para ser mãe”, “Nem aprendeu a controlar os próprios poderes direito e agora virou dona de casa”, “Sarah acha que só existe felicidade se um casal tiver filhos”, “Não gosto de livros com gravidez porque bebês mudam a dinâmica do casal”, “Mas bebês feéricos não eram raros? Feysand engravidar tão rápido é força do protagonismo”. Esses são alguns exemplos de opiniões que pessoalmente já me deparei quando o assunto é o nascimento do Nyx em ACOSF.
Algumas pessoas talvez possam imaginar que isso é coisa vinda de hater da Feyre, mas na verdade não. Existe uma parcela dos fãs da nossa Grã-Senhora que genuinamente não gostou do plot de gravidez ter sido inserido tão rápido na vida de Feysand. Entre os desgostosos, existem aqueles que se sentiram roubados de vivenciar esse momento pela perspectiva da Feyre, porque a Sarah, para o bem ou para o mal, acabou usando essa gravidez como recurso narrativo na jornada da Nestha. Já outros julgam que Feyre era jovem demais para escolher ser mãe. Mas afinal, faz sentido para a personagem ter escolhido a maternidade tão cedo?
Arte por @jessdraw.s
Feyre se tornou responsável pela sobrevivência da família quando era pouco mais que uma criança. E lá no primeiro livro vemos que seu maior desejo era poder viver uma vida tranquila onde pudesse pintar quando desejasse. Ela é naturalmente protetora e maternal, e seu relacionamento disfuncional não só com as irmãs, mas especialmente com a falecida mãe, a moldou como alguém que toma pra si cargas de obrigações que não são suas, de maneira automática. Então, seria de se imaginar que depois de encontrar sua família e amor na Corte Noturna,
se tornar uma governante aos 21 anos, Feyre não iria adicionar a maternidade a essa bagagem. Certo? Ao meu ver a resposta é: errado.
Diferente de precisar caçar pra alimentar os familiares, Feyre fez uma ESCOLHA consciente de tentar engravidar. Tanto ela quanto Rhys tem históricos tristes de negligência parental e perdas devastadoras. Se por um lado, Feyre nunca teve uma família amorosa e saudável; Rhys tinha, mas perdeu de modo violento. Sendo assim, no percurso da evolução de ambos, um filho acaba sendo um passo natural dentro da relação.
Feyre não deixou de lados seus poderes nem suas obrigações enquanto Grã-Senhora, ela segue aprendendo a cuidar da Corte Noturna. E embora tenha treinamento em combate, o papel político dela não é ser uma guerreira (assim como não é o do Rhys). A Feyre heroína não ficou esquecida, ela simplesmente não está sendo necessária no momento em que se encontra a história. Eles lutaram por paz e agora estão vivenciando-a.
Arte por @madschofield
Assim como na vida real, a maternidade irá fazer sentido para algumas mulheres e para outras não. Mas assim como na vida real uma mulher será julgada quando deixar de corresponder às expectativas externas. Em literatura fantástica é sempre esperado e cobrado que as personagens femininas sejam: fisicamente fortes, moralmente capazes de violência extrema, que não demostrem fragilidade e por fim que rejeitem, se possível, toda a sua feminilidade. Porque perfomance de feminilidade padrão é vista como fraqueza. E nada mais intrinsecamente feminino do que ser mãe.
Quem lembra de James Cameron, diretor de sucessos como Avatar, Titanic e Exterminador do Futuro, falando sobre Mulher-Maravilha não ser uma boa representação de uma heroína? “Ela é um ícone objetificado, é somente a Hollywood machista fazendo as mesmas velhas coisas de sempre. Não estou dizendo que não gostei do filme mas, para mim, é um passo para trás. Sarah Connor não era um ícone da beleza. Era forte, problemática, uma mãe terrível, e ela conquistou o respeito do público através da pura determinação. Para mim é óbvio. Quero dizer, metade do público é feminino!”, disse Cameron. Ou seja, para serem grandes heroínas, as personagens precisam se parecer com homens (ou aquilo que comumente é associado a masculinidade).
Quando nos tornamos mães nossa identidade cessa de existir, dificilmente somos vistas como seres independentes da maternidade. Molly Weasley, de Harry Potter, mãe em tempo integral de sete filhos, surpreendeu a todos ao dar cabo num duelo da bruxa das trevas mais poderosa já vista, Bellatrix Lestrange. Mesmo que Molly fosse uma bruxa puro sangue vinda de uma família poderosa, ser mãe era tudo que a definia até aquele duelo.
É sintomático de um pensamento extremamente machista que estejamos dizendo que Feyre “agora é só uma dona de casa” porque escolheu ser mãe. Nada na narrativa indica que ela tenha negligenciado nenhuma de suas funções na Corte Noturna, e no momento que for necessário ela irá à luta com unhas e dentes. Uma mulher que escolhe morrer tentando salvar o filho não pode ser chamada de fraca, força não é apenas derrubar exércitos. Feyre segue sendo a mesma, só que agora também é mãe
Mas é inegavelmente irônico que uma personagem tão admirada pelos obstáculos que superou agora seja julgada por escolher viver uma vida tranquila sem que precise salvar o mundo e a todos a sua volta. Não é isso que ela merece? Paz?
E vocês, o que acharam do nascimento do baby Nyx? Muito cedo ou era exatamente o momento ideal?
O Espelho Uróboro é um dos objetos mágicos mais importantes da saga Corte de Espinhos e Rosas e é mencionado pela primeira vez na história em Corte de Asas e Ruínas, livro que conclui a trilogia principal da série. Feyre é a personagem que mais fala sobre o espelho, já que sua jornada em ACOWAR está intimamente ligada à ele. Assim como diversos objetos e criaturas, o Espelho Uróboro é inspirado em conceitos e mitos presentes na cultura atual ao redor do mundo e hoje o ACOTAR Brasil falará mais sobre a origem do símbolo Ouroboros, que inspirou o Espelho Uróboro.
O Espelho Uróboro no universo de ACOTAR
Em Corte de Asas e Ruínas, O Uróboro é mencionado pela primeira vez pelo Entalhador de Ossos, quando Feyre tenta convencê-lo a participar da Guerra ao lado dela e de Rhysand. A criatura no entanto, começa a barganhar com a protagonista e diz:
“Minha irmã tinha uma coleção de espelhos em seu castelo negro. Ela se admirava dia e noite naqueles espelhos, se gabando da juventude e da beleza. Havia um espelho, o Uróboro, como ela o chamava. Era velho mesmo quando éramos jovens. Uma janela para o mundo. Tudo podia ser visto, tudo podia ser contado pela superfície escura do espelho. Keir o possui, uma herança de sua casa. Tragam-no para mim. Esse é o meu preço. O Uróboro, e sou seu para que usem. Se conseguirem encontrar uma forma de me libertar”.
Posteriormente, Keir revela para Feyre que para conseguir o espelho é preciso olhar para ele e que “todos que tentaram fazê-lo ficaram loucos ou foram irreparavelmente destruídos. Até mesmo um ou dois Grão-Senhores, se a lenda é verdadeira”. Amren desencoraja Feyre em relação ao assunto e então a Grã-Senhora pesquisa sobre o objeto por contra própria.
Imagem: @pandyals_art
“O espelho era notório. Todos os filósofos conhecidos haviam refletivo a respeito. Alguns tinham ousado encará-lo… e ficaram loucos. Outros tinham se aproximado e fugido de terror. Eu não consegui encontrar um relato de alguém que o tivesse conquistado. Enfrentado o que espreitava dentro do espelho e saído de posse do objeto”. E então a Quebradora da Maldição conversa com um amigo próximo, o Suriel, que chama o Uróboro de “Espelho de Começos e Fins”, acrescentando ainda que somente Feyre poderia decidir o que era capaz de destruí-la. Com essa resposta, ela segue em frente, na direção do desafio.
O que Feyre enxerga no espelho, que tem a forma de uma serpente engolindo o próprio rabo, é a versão bestial de si mesma, com todos os defeitos e lados ruins, além de sua própria história. Ela é descrita como uma criatura com patas imensas, pelo preto e dourado, escamas escuras nas costas e grandes e brilhantes olhos azul-acinzentados. Após um confronto interessante e aterrorizante com si mesma, com a aceitação de uma de suas versões, Feyre vai até o Entalhador, que se surpreende ao saber que ela conseguiu o feito de conquistar o espelho, e revela o verdadeiro motivo de seu pedido.
“Queria ver se você era digna de ser ajudada. É raro uma pessoa encarar quem realmente é e não fugir, não ser destruída por isso. É o que o Uróboro mostra a todos que o buscam: quem são, cada centímetro desprezível e profano. Alguns olham para o espelho e nem percebem que o horror refletivo são eles, mesmo que o terror os deixe loucos. Alguns entram com arrogância e são arrasados pela pequena criatura medíocre que encontram no lugar. Mas você… Sim, de fato é rara. Eu não poderia arriscar deixar esse lugar por menos”.
Já na batalha, Feyre revela para Rhysand que amou o que viu no espelho e se perdoou, entendendo o que o Suriel havia dito sobre apenas ela decidir o que poderia destruí-la. “Apenas eu poderia permitir que a parte ruim me destruísse. Somente eu poderia assumi-la, abraçá-la”.
A simbologia por trás do Espelho Uróboro: o Ouroboros
Ouroboros é uma palavra de origem grega, que pode ser escrita como Οὐροβόρος nesta língua, e significa “que consome a cauda”. O conceito é sempre representado por criaturas como serpentes ou dragões, formando um círculo com seus corpos e comendo o próprio rabo. Assim como em outros símbolos e no estudo da semiótica, o círculo é comumente enxergado como infinito, já que não vemos seu começo e nem o fim, assim como também pode representar um ciclo.
A primeira aparição mais popular do símbolo é a encontrada no “Livro Enigmático Do Mundo Inferior”, texto funerário da tumba KV62 (Kings Valley #62), que pertenceu ao imperador Tutancâmon, no século XIV A.C. O Ouroboros aparece duas vezes, possivelmente representando a reencarnação de Osíris como Rá. O símbolo também aparece no budismo, na alquimia esotérica e até mesmo na maçonaria.
De acordo com o Dictionnaire des Symboles, famoso livro de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant publicado pela primeira vez em 1969, o Ouroboros “simboliza o ciclo da evolução voltada para si mesmo”, contendo ideias como continuidade, autofecundação e eterno retorno. Há ainda quem interprete que a simbologia do Ouroboros mostra a serpente mordendo a própria cauda para interromper uma evolução linear, marcando uma mudança na própria vida, para surgir em outro nível de existência.
Estas interpretações fazem sentido quando pensamos na aparição egípcia e também no Espelho Uróboro de ACOTAR, já que quando Feyre se olha através dele, um novo ciclo começa em sua vida, um ciclo no qual ela se reconhece, que é importante para sua jornada de autoconhecimento e aceitação. Antes de entregar o espelho ao Entalhador, Feyre ressalta para si mesma: “Esse corpo para o qual eu retornada… também era estranho”. Vale lembrar também que estas análises se encaixam perfeitamente na fala de Suriel sobre o objeto, que diz que ele é o “Espelho de Começos e Fins”.
Ainda assim, morder a própria cauda não parece ser fácil, assim como nunca é encerrar ou começar um ciclo, já que a Grã-Senhora fala sobre como o processo foi doloroso:
“Eu mesma. Vi eu mesma. Era talvez a única coisa que eu não mostraria a Rhys. A ninguém. Como tinha me acovardado, enfurecido e chorado. Como tinha vomitado e gritado e arranhado o espelho. Como o acertara com os punhos. Então, me enrosquei, trêmula devido a cada coisa horrível, cruel e egoísta que via dentro daquele monstro, dentro de mim. Mas continuei, não desviei os olhos. E, quanto meus tremores pararam, estudei a coisa. Todas as coisas desprezíveis. O orgulho e a hipocrisia e a vergonha. O ódio a covardia e a dor. Então comecei a ver outras coisas. Coisas mais importantes, mais vitais. – E o que vi. Acho… que amei aquilo. Perdoei… a mim. Por inteiro”.
Para muitos fãs de ACOTAR, a cena de Feyre se olhando no Uróboro e posteriormente comentando sobre o que viu e o que fez diante dele, é uma das mais emocionantes de todos os livros. É um momento no qual uma protagonista corajosa não só corre um risco por conta das histórias ligadas ao espelho, mas também se reconhece em si mesma, mostrando para inúmeros leitores como é possível entendermos e amarmos cada parte de nós, sejam estas partes boas ou ruins.
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