A origem e o contexto das quatro casas de Midgard sempre intrigou os fãs, afinal de contas, já vimos uma série de criaturas místicas ao longo das obras de Sarah J. Maas, mas nenhum deles abordou uma mistura de raças de forma tão ampla como a saga Cidade da Lua Crescente.
De uma só vez, temos anjos, metamorfos, sereias e até vampiros. A parte de Angelologia nós já falamos. Caso você não tenha lido, recomendo que tire um tempinho para dar uma conferida. E hoje, o dia é para falar sobre uma das minhas casas preferidas: a Casa das Muitas Águas.
A água possui um papel indispensável em muitas lendas e mitos. Quem já leu sobre o Boto-cor-de-rosa vai entender bem sobre o que eu estou falando. Nessas histórias que ouvimos desde crianças, existem os seres aquáticos e os deuses mitológicos, como Poseidon e as sereias.
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Vamos começar por elas.
As sereias sempre foram descritas como criaturas míticas dos mares, com cabeça e corpo de mulher e cauda de peixe. O que poucos sabem, é que os contos desses seres começaram há milhares de anos atrás e já percorreram os quatro cantos do mundo.
Em algumas culturas, a sereia é sinônimo de vida e fertilidade nos oceanos. Em outros, ela é uma espécie de natureza destrutiva da água, atraindo os marinheiros para a morte, além de ser presságio para tempestades, mares revoltos e desastres.
Elas também possuem mais de uma personalidade. Podendo ser sedutora ou um monstro maligno e violento. O mesmo pode ser dito dos tritões. Pelo pouco que vimos da Casa das Muitas Águas até agora, qual lado desses seres aquáticos você acredita que teremos que lidar?
Ao contrário das sereias, os espíritos fluviais são deuses sencientes ou espíritos de rios, riachos e canais. Esses espíritos são poderosos, não em termos de força, mas de influência, conhecimento e habilidades mágicas.
Na maioria dos contos, esses seres assumem a aparência de pessoas que morreram nos oceanos, o que significa que eles podem aparentar serem mais velhos ou muito mais novos.
Todo esse poder na mão de uma única espécie pode ser intrigante para a saga, não?
Outro acréscimo que promete ser interessante para Cidade da Lua Crescente são as ninfas. Na mitologia grega, elas eram associadas à fertilidade e crescimento. Não eram imortais, mas tinham uma vida longa e bondosa. Outros acreditavam que elas eram deusas menores da natureza que povoavam a terra e que eram constantemente convocadas para participar de assembleias no Olimpo, podendo ter grande influência entre os deuses.
Já os Kelpies são espíritos de cavalo de água de um mito escocês que podem assumir a forma humana para atrair, conquistar e afogar vítimas. Em alguns casos, eles também gostam de se deliciar com o fígado humano e jogam as vísceras à beira da água. Uma das características comuns para identificar o kelpie da água é que ele possui cascos invertidos em comparação com os de um cavalo normal.
Será que veremos as vísceras de algum humano sendo jogada nos próximos livros?
Agora, vamos aos Nøkken!
Eles são espíritos aquáticos masculinos que podem mudar de forma e que tocam uma espécie de violino encantado para atrair mulheres e crianças para a morte, geralmente, durante a véspera do natal ou do Solstício de Verão. Como eles não passam muito tempo com a mesma aparência, identificar um Nøkken é uma tarefa para lá de difícil.
E então, você está pronto para tudo que iremos encontrar na próxima casa abordada em Cidade da Lua Crescente?
Imagem de capa: Portal dos Mitos