Que Sarah J. Maas adora usar contos de fadas ou fazer referências mitológicas nas obras não é novidade para ninguém. Inclusive, nós já abordamos esse assunto algumas vezes por aqui. Como na matéria da correlação entre a estória de ACOTAR e os contos de A Bela e a Fera, os contos mitológicos de Hades e Perséfone e a teoria da verdadeira origem de Hunt Athalar.
Também é de conhecimento público que a série Trono de Vidro faz referência a algumas partes do conto da Cinderela.
Contos a parte, precisamos concordar que as ligações favoritas dos fãs sempre acabam se voltando para as questões mitológicas. Aqui no site, já falamos sobre correlação com deuses gregos, um pouco dos nórdicos e agora chegou o momento das mitologias do leste da Europa.
Pássaro de Fogo
O Pássaro de Fogo do folclore russo muitas vezes é confundido com a famosa Fênix por conta da semelhança com as aparências. No entanto, a versão russa é famosa pelo fato de que o Pássaro é metade mulher e descendente de uma terra distante.
As penas são descritas por “brilho altamente intenso, mesmo quando são arrancadas”. Segundo as partes mais populares da lenda, o brilho é tão forte que muitos cogitaram que as penas eram feitas de ouro, sua aparição é uma bênção e um prenúncio de desgraça para o captor.
Dentro da lenda, também existe um conto chamado “O Pássaro de Fogo e a Princesa Vasilisa”.
Você notou alguma semelhança com Vassa? No conto, um arqueiro captura um pássaro de fogo, age como carrasco do rei e depois se casa com a princesa Vasilisa após a morte do monarca. Em outras versões, o arqueiro é um membro da família do rei que se apaixona por Vasilia.
Baba Yaga
Baba Yaga é uma personagem famosa em vários lugares do mundo. No conto original, ela era uma antiga deusa da morte e regeneração, mãe de Koschei, conhecido por sequestrar esposas de heróis.
Conforme a lenda, Baba Yaga é descrita como uma bruxa deformada que vive dentro de uma cabana sobre as pernas de galinha onde qualquer um que cruzar o seu caminho, acaba sendo morto sem piedade. Em algumas versões, ela é conhecida como comedora de crianças, e em outras ela se torna famosa após ajudar um homem a encontrar a noiva perdida.
Em ACOTAR, a Tecelã é uma deusa da morte que vive sozinha numa cabana na floresta. No decorrer do livro, ela é descrita como um dos “Deuses Antigos” e um ser capaz de matar qualquer um que ousar atravessar a porta da cabana. Aqui, a grande diferença é que Baba Yaga é conhecida como alguém imortal, diferente da Tecelã que morre pelas mãos de Hybern.
E claro, não dá para citar Baba Yaga sem mencionar Baba Pernas-Amarelas (Baba Yellowlegs) em Trono de Vidro. Além dos nomes serem bem semelhantes, as descrições físicas também possuem similaridades, assim como existem diferenças entre as bruxas. Nem todas as Dentes de Ferro eram conhecidas pela crueldade, da mesma forma que versões alternativas de Baba Yaga não é conhecida por ser cruel.
Não podemos afirmar que Sarah realmente utilizou a mitologia para criar certos personagens das sagas, mas de qualquer maneira, precisamos concordar que existe uma real semelhança entre os casos.
Interessante, simplesmente amei.