Para finalizar a coletânea de posts sobre os contos que inspiraram ACOTAR, hoje falaremos um pouco sobre a famosa história A Bela e a Fera, que ficou conhecida mundialmente devido à animação da Disney, mas que tem uma origem pouco explorada. Vale ressaltar que já temos uma publicação completinha sobre a correlação entre a estória de ACOTAR e os contos de A Bela e a Fera que você não pode deixar de conferir!
Inicialmente, o conto foi publicado pela escritora francesa Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve, mais conhecida por Madame de Villeneuve, no ano de 1740, dentro do gênero de romance adulto. Todavia, foi apenas em 1757 que a obra tornou-se mais popular, quando Jeanne-Marie Leprince de Beaumont reescreveu a história e a modificou para o público infanto-juvenil, retirando o teor erótico presente originalmente. É partindo da obra reeditada de Madame de Leprince de Beaumont, que chegamos à versão da Disney que conhecemos desde pequenas.
No entanto, muitos desses fatos já são de conhecimento geral e, por isso, vamos abordar agora o relato histórico que realmente pode ter dado início a essa maravilhosa fábula.
Viajando pela Europa do século XVII, encontramos narrativas sobre o espanhol Pedro Gonzáles, que, devido a uma síndrome conhecida atualmente como hipertricose, tinha o corpo coberto por pelos e, em função disso, era
tratado como uma fera. Porém, ao ser adotado pelo rei Carlos V e, posteriormente, pela rainha francesa Catarina de Médici, além de começar a receber roupas nobres e educação, também conquistou uma esposa, que primeiramente assustou-se com sua aparência, mas com a convivência apaixonou-se por ele.
Considerando todas as versões do conto A Bela e a Fera, acredito que podemos observar que o ponto em comum entre eles está em amar além das aparências. Em ACOTAR, Feyre não apenas apaixonou-se por Tamlin vendo seu rosto somente através de uma máscara, como também teve que mudar sua opinião sobre os feéricos, que até então eram unicamente cruéis para ela.
De maneira geral, como a autora Sarah J. Maas já afirmou em entrevistas, o que mais a inspirou nesses contos foi a força feminina e, consequentemente, a coragem das protagonistas de enfrentarem tudo pelas pessoas que amavam.